Segundo os meios de comunicação locais, os terroristas detonaram um carro armadilhado em frente ao Hotel Cairo, na cidade de Beledwayne, capital da região de Hiran, e, de seguida, invadiram o estabelecimento.
"Até agora, podemos confirmar a morte de seis pessoas e dez feridos que foram admitidos em centros de saúde para tratamento", disse à agência noticiosa EFE o comissário distrital de Beledweyn, Omar Osman Alasow, funcionário do governo local.
De acordo com a mesma fonte, a maioria das vítimas mortais são líderes tradicionais que apoiam a luta contra o Al-Shebab.
Numa mensagem publicada na sua página do Facebook, o Ministro da Saúde da Somália, Ali Haji Adam, condenou o "ataque brutal".
A Somália intensificou as operações militares contra o Al-Shebab desde que o Presidente da Somália, Hassan Sheikh Mohamud, anunciou, em agosto de 2022, uma "guerra total" contra os terroristas.
Desde então, o exército, apoiado por sucessivas missões da União Africana, tem efetuado ofensivas contra o grupo, por vezes com a cooperação militar dos Estados Unidos e da Turquia, através de bombardeamentos aéreos.
O Al-Shebab, grupo afiliado desde 2012 à rede terrorista Al-Qaida, realiza frequentes ataques na capital, Mogadíscio, e noutras partes do país para derrubar o Governo central - apoiado pela comunidade internacional - e estabelecer um Estado islâmico ultraconservador.
O grupo controla as zonas rurais do centro e do sul da Somália e ataca também países vizinhos como o Quénia e a Etiópia.
A Somália tem vivido num estado de conflito e caos desde 1991, quando o ditador Mohamed Siad Barre foi derrubado, deixando o país sem um Governo efetivo e nas mãos de milícias islamistas e senhores da guerra.
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