"O mais importante é que a Ucrânia acabou de aceitar um cessar-fogo. Agora temos de ir à Rússia e esperar que, com sorte, o Presidente Putin também o aceite. E depois podemos encaminhar as coisas", afirmou hoje Trump na Casa Branca.
A Ucrânia aceitou hoje uma proposta dos Estados Unidos para um cessar-fogo de 30 dias com a Rússia, ao mesmo tempo que Washington concorda levantar a suspensão da ajuda militar a Kyiv, segundo uma declaração conjunta.
O texto refere que os Estados Unidos comunicarão às autoridades de Moscovo "que a reciprocidade russa é fundamental para alcançar a paz" e prevê o levantamento da suspensão da partilha de dados dos serviços de informação norte-americanos com as autoridades ucranianas.
A declaração conjunta destaca ainda a importância de tomar, durante o cessar-fogo proposto, medidas humanitárias como "a troca de prisioneiros de guerra, a libertação de civis detidos e o regresso de crianças ucranianas transferidas à força" para territórios sob controlo russo ou para a Federação Russa.
Ambas as delegações concordaram também em nomear as respetivas equipas de negociação para um processo de paz com a Rússia e, após o diálogo em Jeddah, na Arábia Saudita, as partes também se comprometeram a chegar "o mais depressa possível" a um acordo sobre "exploração conjunta dos recursos minerais ucranianos".
Este acordo deverá permitir "a expansão da economia ucraniana" e que o país invadido pela Rússia receba garantias de "prosperidade e segurança a longo prazo" e, por outro lado, que Washington recupere o valor da ajuda financeira e militar transferida para Kyiv durante a guerra.
O documento assinala ainda que a Ucrânia pediu na reunião que a Europa seja incluída no processo de paz.
O anúncio de hoje em Jeddah surge após representantes da Ucrânia e dos Estados Unidos encetarem negociações sobre o fim da guerra, iniciada em fevereiro de 2022 com a invasão russa.
A Rússia ainda não se pronunciou sobre a questão.
[Notícia atualizada às 20h39]
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