De acordo com um comunicado do Hamas, os Estados Unidos foram previamente informados por Israel sobre os ataques de hoje contra Gaza.
"Esta admissão revela mais uma vez o flagrante conluio e parcialidade dos Estados Unidos com a ocupação (Israel) e expõe a falsidade das suas alegações sobre o seu empenho em acalmar a situação", afirmou o grupo palestiniano na nota, divulgada nas redes sociais.
Por isso, o Hamas afirmou que "Washington, com o seu apoio político e militar ilimitado à ocupação, tem total responsabilidade pelos massacres e assassinatos de mulheres e crianças em Gaza".
O Hamas pediu ainda que "a comunidade internacional tome medidas urgentes para responsabilizar a ocupação e os seus apoiantes por estes crimes contra a humanidade". Mais de 400 palestinianos morreram hoje em consequência do bombardeamento israelita em Gaza, que começou na madrugada, violando o cessar-fogo.
O Governo norte-americano confirmou que Israel informou-o antes de retomar os ataques à Faixa de Gaza, que violou o cessar-fogo estabelecido entre os israelitas e o Hamas, que começou em 19 de janeiro.
O Hamas e os Estados Unidos mantiveram conversações diretas sobre a continuação do cessar-fogo, e o grupo islamista ofereceu-se para libertar um refém norte-americano-israelita vivo que está detido em Gaza, além de outros quatro mortos.
Os rebeldes Huthis condenaram hoje "o retomar da agressão" contra a Faixa de Gaza pelo exército israelita e declararam que "o povo palestiniano não estará sozinho nesta batalha".
O Conselho Político Supremo Huthi - o Governo estabelecido pelos rebeldes nas zonas do Iémen sob o seu controlo desde 2015 - declarou que estes bombardeamentos "coincidem com os ataques dos Estados Unidos contra o Iémen", que aconteceram na segunda-feira e provocaram mais de 50 mortos.
Segundo os Huthis, estes ataques também ocorrem semanas depois de Israel ter cortado a entrada de ajuda humanitária em Gaza "para enfraquecer os negociadores palestinianos e obter vitórias políticas que não conseguiram" durante a sua ofensiva militar.
O Iémen "continuará a apoiar o povo palestiniano e a aumentar os seus esforços na luta", afirmaram os Huthis, sublinhando que Israel e os Estados Unidos são "totalmente responsáveis por violar o cessar-fogo e impedir os esforços para avançar para a segunda fase (do acordo firmado entre Israel e o Hamas)".
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