"Os confrontos entre clãs libaneses e fações sírias recomeçaram nas cidades de Hawsh al-Sayid Ali e al-Mashrafeh, na fronteira norte entre a Síria e a região de Hermel", referiu a agência de notícias nacional libanesa NNA.
A agência libanesa não forneceu detalhes, nem se os novos confrontos causaram vítimas, embora a agência de notícias oficial síria, SANA, tenha acusado diretamente o grupo xiita libanês pró-iraniano Hezbollah de atacar "com projéteis de artilharia e metralhadoras pesadas" áreas residenciais a oeste da província central síria de Homs, a cerca de 160 quilómetros a norte de Damasco.
"A milícia libanesa Hezbollah, estacionada na cidade libanesa de Qusayr, está a atacar as casas dos residentes nas aldeias de Zeita e Al Masryia, a oeste de Homs, com projéteis de artilharia e metralhadoras pesadas", frisou a SANA, sem adiantar mais pormenores.
Estes novos confrontos ocorreram depois de os ministros da Defesa do Líbano, Michel Mensa, e da Síria, Marhaf Abu Qasra, terem concordado com o cessar das hostilidades na sua fronteira partilhada durante uma conversa telefónica na noite de segunda-feira.
Os confrontos começaram depois de três soldados sírios leais ao novo Governo de Damasco terem sido mortos há três dias numa emboscada de militantes do Hezbollah dentro do território sírio.
O número exato de vítimas destes confrontos é desconhecido. Enquanto o Ministério da Saúde Pública libanês reportou na segunda-feira a morte de pelo menos sete pessoas e o ferimento de outras 52 em dois dias de confrontos, a SyriaTV anunciou "a morte de dez combatentes do Exército Árabe Sírio" durante um único dia de confrontos.
O Hezbollah foi um dos principais apoiantes do ex-presidente Bashar al-Assad, que foi deposto em 08 de dezembro do ano passado por uma coligação de grupos armados rebeldes, liderada por Ahmed al-Charaa, atual Presidente de transição.
Desde a queda de Assad que se registaram escaramuças na fronteira entre os dois países, enquanto o Exército libanês tenta fechar as travessias ilegais que serviam de contrabando de armas e as rotas de entrada e saída dos combatentes do Hezbollah.
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