Hamas quer manter negociações de paz mesmo após ataques israelitas

O movimento islamita Hamas afirmou hoje que continua disponível para negociações com Israel, sublinhando que não é preciso um novo acordo, apesar dos bombardeamentos israelitas sobre Gaza na terça-feira que provocaram mais de 400 mortos.

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© EYAD BABA/AFP via Getty Images

Lusa
19/03/2025 09:47 ‧ há 11 horas por Lusa

Mundo

Médio Oriente

"Não encerrámos a porta às negociações", disse Taher al-Nunu, um dos porta-vozes do Hamas, garantindo ainda que o grupo islâmico aceitou as propostas apresentadas pelo enviado dos Estados Unidos para o Médio Oriente, Steve Witkoff, e pelo enviado dos Estados Unidos nas negociações para a libertação dos reféns em Gaza, Adam Boehler.

 

Al-Nunu afirmou que o grupo islamita palestiniano está em contacto com os mediadores --- Qatar, Egito e Estados Unidos --- para que Israel "pare com a sua agressão", "respeite o que foi assinado" e "inicie as negociações para a segunda fase do acordo de cessar-fogo", que contempla a retirada dos soldados israelitas da Faixa de Gaza e a libertação dos reféns que ainda estão vivos.

"Não há necessidade de novos acordos, pois o assinado já existe", disse o porta-voz, insistindo que é necessário que "a ocupação [Israel] seja pressionada para continuar as negociações e iniciar a segunda fase", segundo o jornal palestiniano Filastin.

Nesse sentido, Al-Nunu apelou a ações "urgentes" para travar a ofensiva contra Gaza e que Israel permita a entrada de ajuda humanitária no enclave, sublinhando que "as condenações [verbais] não são suficientes".

O porta-voz reiterou que os Estados Unidos são "cúmplices" dos mais recentes bombardeamentos no enclave palestiniano, uma vez que "foram premeditados".

Al-Nunu afirmou que "se [o primeiro-ministro israelita Benjamin] Netanyahu estivesse a falar a sério, um acordo teria sido alcançado em horas", acrescentando que "as ações da ocupação não lhes vão permitir alcançar qualquer objetivo".

Alertou ainda que se os militares israelitas lançarem uma nova incursão terrestre, o grupo "não terá outra opção a não ser defender o povo palestiniano".

Por outro lado, Al-Nunu informou que mais de 70% dos mortos nos bombardeamentos de terça-feira são mulheres, crianças e idosos, assim como "um grupo de líderes governamentais --- em referência a vários altos responsáveis do Executivo liderado pelo Hamas no enclave --- e responsáveis pela entrega de ajuda humanitária aos cidadãos de Gaza".

Horas antes, Osama Hamdan, um alto responsável do Hamas, tinha confirmado a existência de "contactos" com o Qatar e o Egito para tentar que Israel parasse com os seus bombardeamentos, que continuaram na madrugada de hoje.

Leia Também: Negociações de cessar-fogo na Ucrânia começam na Arábia Saudita no domingo

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