"A única opção poderia ser a das Nações Unidas, mas tem de haver uma decisão do Conselho de Segurança", afirmou o também vice-primeiro-ministro sobre a manutenção de paz, à margem da apresentação de um novo Plano de Ação para a aceleração das exportações italianas.
Para o governante, é ainda "prematuro falar de operações de manutenção da paz na Ucrânia", uma vez que decorre uma fase de pré-negociação.
Tajani referiu que a Itália encoraja o "processo de paz que foi iniciado" e que, avaliou, "está a ir na direção certa".
"Dissemos que não somos favoráveis ao envio de italianos em missões militares sob a bandeira da NATO ou sob a bandeira da União Europeia", rematou.
Há dois dias a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, manifestou-se cautelosa quanto a um "cessar-fogo limitado" às instalações energéticas na Ucrânia, mas expressou confiança nas negociações sobre um acordo de tréguas conduzidas pelo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
"A possibilidade de um cessar-fogo parcial, limitado às infraestruturas estratégicas da Ucrânia, representaria uma primeira pequena abertura ao abrigo das linhas acordadas pelo Presidente Donald Trump e pelo Presidente Volodymyr Zelensky", afirmou Meloni num discurso no parlamento italiano, em Roma.
Os Presidentes russo, Vladimir Putin, e norte-americano, Donald Trump, mantiveram um contacto telefónico na terça-feira para abordar a guerra na Ucrânia, durante o qual foi acordada a suspensão temporária dos ataques contra instalações de produção de energia, armazenamento e gasodutos.
Invadida pela Rússia desde fevereiro de 2022, a Ucrânia aceitou, sob pressão de Washington, a ideia de um cessar-fogo incondicional de 30 dias, que foi rejeitado por Moscovo.
"Apoiamos os esforços do Presidente Trump, que, na minha opinião, é um líder forte que pode certamente estabelecer as condições para garantir uma paz justa e duradoura", acrescentou Meloni, que reiterou a importância das "garantias de segurança" para Kyiv.
O Governo de coligação ultraconservador de Meloni tem, até à data, apoiado Kyiv na guerra contra Moscovo.
Meloni, a única líder da União Europeia (UE) presente na tomada de posse de Trump a 20 janeiro, sublinhou que Itália não enviaria tropas para defender uma eventual trégua na Ucrânia, reiterando que tal seria "arriscado e pouco eficaz".
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