Segundo o Kremlin, o líder russo falou por telefone com o emir do Qatar, um dos países mediadores do conflito entre Israel e o grupo islamita palestiniano Hamas, e os dois dirigentes declararam a sua "prontidão para promover a redução da tensão".
Desde o recomeço dos bombardeamentos israelitas na madrugada de terça-feira, morreram mais de 500 pessoas, segundo as autoridades locais controladas pelo Hamas.
Estes ataques interromperam uma trégua iniciada em 19 de janeiro, ao fim de mais de 15 meses de ofensiva, e ocorrem num momento em que as partes não alcançam entendimento para avançar para as etapas seguintes do acordo de cessar-fogo.
Na primeira fase, 33 reféns israelitas (oito dos quais mortos) foram entregues pelo Hamas em troca de quase 1.800 prisioneiros palestinianos que estavam nas cadeias de Israel.
Permanecem ainda 59 reféns em posse do grupo palestiniano, dos quais Israel estima que 35 estejam mortos.
O ministro da Defesa israelita, Israel Katz, ordenou hoje ao exército a tomada de mais territórios na Faixa de Gaza para serem anexados a Israel até que o Hamas liberte todos os reféns.
Katz disse que as tropas devem retirar as populações palestinianas das áreas adicionais ocupadas para expandir as zonas de segurança e, assim, "proteger as comunidades israelitas e os soldados israelitas através do controlo israelita permanente do território".
As forças israelitas também ocuparam parcialmente o corredor de Netzarim, que separa o norte e o sul de Gaza.
O ministro da Defesa avisou que Israel "vai intensificar os combates com ataques aéreos, marítimos e terrestres, expandindo as manobras terrestres", até que os 59 reféns ainda mantidos na Faixa de Gaza sejam libertados "e o Hamas seja derrotado".
O Hamas atacou o sul de Israel em 07 de outubro de 2023, matando cerca de 1.200 pessoas e tomando outras 251 como reféns.
Em resposta, Israel lançou um ataque em grande escala na Faixa de Gaza, matando mais de 49.000 pessoas, na maioria civis, segundo números das autoridades locais, destruindo a maior parte do enclave palestiniano, que está mergulhado numa grave crise humanitária.
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