Volodymyr Zelensky adiantou ainda que vai realizar uma reunião bilateral com Emmanuel Macron, em Paris, na próxima semana, admitindo esperar "muito bons resultados".
O presidente ucraniano explicou que a reunião internacional vai reunir "uma coligação de voluntários" para contribuir para um possível contingente de paz na Ucrânia, mas vai também discutir as garantias de segurança que podem ser oferecidas ao país atacado pela Rússia e a forma como o contingente militar internacional pode constituir um elemento-chave dessa segurança.
As declarações do chefe de Estado da Ucrânia foram feitas em conferência de imprensa conjunta com o homólogo checo, Petr Pavel, que disse que o seu país deverá fazer parte desse contingente se for tomada a decisão de avançar.
Zelensky afirmou ainda que espera saber mais pormenores sobre quais os países dispostos a contribuir para o contingente militar e com quantos soldados pretendem contribuir.
A Rússia tem avisado que não vai aceitar a presença de tropas de países da NATO (Organização do Tratado do Atlântico Norte) em solo ucraniano, e, até agora, o Presidente norte-americano, Donald Trump, não confirmou se os EUA vão ajudar os aliados no caso de um ataque russo.
O Governo britânico afirmou, esta semana, estimar que 30 países deverão participar na força de manutenção de paz na Ucrânia que Paris e Londres estão a tentar formar na expectativa de um cessar-fogo.
O objetivo da força de manutenção de paz é dissuadir a Rússia de violar um eventual cessar-fogo, caso Moscovo aceite a proposta dos Estados Unidos, com a qual Kiev já concordou.
A próxima reunião entre os EUA e a Ucrânia vai acontecer na segunda-feira, na Arábia Saudita, afirmou Zelensky, tendo depois a Rússia confirmado começará, nesse dia, em Riade, uma nova ronda de conversações com Washington.
Rússia e Estados Unidos divergiram anteriormente no anúncio de uma trégua de 30 dias, com Washington a referir que abrangia o setor da energia e outras infraestruturas, enquanto Moscovo dizia que incluía apenas infraestruturas de energia.
A Rússia e a Ucrânia continuam a realizar ataques apesar de estarem a ser ultimados os pormenores necessários para uma trégua parcial de 30 dias, que deverá pôr fim aos ataques contra nfraestruturas energéticas.
Ambos os lados manifestaram disponibilidade para declarar este cessar-fogo parcial.
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