O ataque, efetuado com "várias armas", teve lugar ao início da manhã em Biyamadhow, no condado de Garissa, disse à imprensa um porta-voz da polícia, citado pela Agência France-Presse.
Seis mortes foram confirmadas pela polícia e quatro feridos foram transportados para o hospital.
Em Garissa, o Al-Shebab está muito presente na floresta de Boni e entram regularmente em confronto com as forças quenianas na zona.
Ligados à Al-Qaida, os Al-Shebab combatem, há mais de 15 anos, contra o Governo federal da Somália, apoiado por muitos países estrangeiros, e a sua ameaça intensificou-se nos últimos meses.
O grupo também levou a cabo vários ataques mortíferos no interior do Quénia, em parte em resposta ao destacamento de tropas quenianas que lutam contra o Al-Shebab na Somália.
Na terça-feira, o Presidente da Somália, Hassan Sheikh Mohamud, escapou ileso de um ataque do grupo terrorista somali Al-Shebab, que detonou uma bomba quando o seu comboio passava pela capital do país, Mogadíscio, informaram fontes oficiais.
Em comunicado, o Al-Shebab reivindicou a autoria do atentado, afirmando que os seus terroristas "levaram a cabo uma operação especial em Mogadíscio", na qual atacaram "um comboio de veículos" que transportava Mohamud quando este "deixava o palácio presidencial e se dirigia para o aeroporto" da capital somali.
A Somália intensificou as operações militares contra o Al-Shebab desde que Mohamud anunciou, em agosto de 2022, uma "guerra total" contra os terroristas.
Desde então, o exército, apoiado por sucessivas missões da União Africana (UA), tem levado a cabo ofensivas contra o grupo, por vezes com a colaboração militar dos Estados Unidos e da Turquia em bombardeamentos aéreos.
O Al-Shebab, grupo afiliado desde 2012 à rede terrorista Al-Qaida, ataca frequentemente em Mogadíscio e noutras zonas do país com o objetivo de derrubar o Governo central - apoiado pela comunidade internacional - e instaurar um Estado islâmico de tipo wahhabi (ultraconservador).
O Al-Shebab controla as zonas rurais do centro e do sul da Somália e também ataca países vizinhos como o Quénia e a Etiópia.
A Somália vive num estado de conflito e caos desde 1991, quando o ditador Mohamed Siad Barre foi derrubado, deixando o país sem um Governo efetivo e nas mãos de milícias islâmicas e senhores da guerra.
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