Uma clínica veterinária foi condenada ao pagamento de uma indemnização de 800 euros por danos morais após perder as cinzas do gato de um cliente, em Sevilha, Espanha. No entanto, a família recorreu da sentença por considerar que o erro afetou toda a família e não apenas a pessoa responsável pelo animal.
Segundo conta a estação espanhola Telecinco, a família levou o gato, chamado Umi, à clínica e ficou decidido eutanasiá-lo por sofrer de várias patologias e se encontrar em estado grave.
Os donos optaram então por pagar um valor extra para uma cremação individual para preservar os seus restos mortais, mas a clínica incinerou-a juntamente com outros animais.
Após alguma insistência, a clínica admitiu o erro e reembolsou a diferença de preço entre uma cremação normal e uma individual, mas a família decidiu avançar para a justiça.
À agência de notícias espanhola Efe, a advogada Lola García, fundadora do escritório de advocacia Derecho y Animales, explicou que a reclamação foi parcialmente deferida e decidiram então apresentar um recurso no Tribunal Superior de Sevilha.
"O tribunal considerou que só a pessoa responsável pelo gato tem direito a receber uma indemnização por danos morais", adiantou, acrescentando que tal vai "contra o atual artigo 333 bis.4 do Código Civil".
Segundo García, de acordo com este texto, todos os que convivem com o animal têm direito a ser indemnizados quando a lesão ou morte é causada por danos morais.
"Acreditamos que o mesmo artigo deve ser aplicado por analogia, dado que toda a família sofreu a perda das cinzas. Esperamos que o Tribunal de Recurso de Sevilha nos dê razão", indicou, acrescentando, que nesse caso, o valor ascenderá os três mil euros.
Umi viveu com a família praticamente desde o nascimento e foi alimentado por um biberão. Segundo a Telecinco, o gato nasceu no início de março de 2022 e morreu a 19 de fevereiro de 2023, pelo que não viveu sequer um ano com os donos, um aspeto que, segundo o tribunal, é "bastante importante" para a quantificação do dano.
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