"Aqueles que procuram o caos e a provocação não serão tolerados", disse o ministro.
Ali Yerlikaya especificou que 343 suspeitos foram presos durante os protestos que ocorreram em Istambul e em outras oito cidades da Turquia.
Em causa estão as manifestações que têm decorrido, desde quarta-feira, em pelo menos 55 das 81 províncias da Turquia.
Além de Istambul, a agência de notícias AFP dá conta de manifestações em Izmir (oeste), Ancara, Erdrine e Canakkale no noroeste, bem como Adana e Antalya no sul.
Já a espanhola EFE relata que muitos estudantes foram presos após operações em dormitórios de universidades.
Os manifestantes contestam a prisão de Ekrem Imamoglu, de 53 anos, que foi preso em sua casa na madrugada de quarta-feira e deve ser interrogado hoje pela polícia.
Imamoglu enfrenta acusações de "terrorismo" e "corrupção", indica a imprensa local.
O Partido Popular Republicano, do qual faz parte, convocou mais manifestações para a noite de hoje.
A acusação de terrorismo tem como alvo o banido Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), que no início deste mês disse estar pronto para depor as armas e se dissolver.
Segundo seu advogado, Mehmet Pehlivan, na sexta-feira, numa audiência que durou seis horas, Imamoglu "negou todas as acusações num documento de 121 páginas".
Pehlivan denuncia o uso de "testemunhas secretas de forma abusiva", bem como a passagem de testemunhos não identificados à imprensa, acreditando que os direitos da defesa, bem como "o direito a um julgamento justo foram violados".
Numa mensagem publicada na rede social X, através dos advogados, Ekrem Imamoglu agradece às "dezenas de milhares de manifestantes" que foram às ruas.
"Vocês estão a defender a nossa República, a democracia, o futuro de uma Turquia justa e a vontade da nossa nação", escreveu.
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