"As sirenes soaram há pouco em várias zonas de Israel, [devido a] um míssil lançado do Iémen intercetado pela Força Aérea Israelita antes de atravessar território" do país, referiram as FDI em comunicado divulgado nas redes sociais.
A mesma fonte refere que o alarme foi acionado de acordo com o protocolo, apesar da interceção do projétil ter sido feita fora do espaço aéreo israelita.
Os rebeldes xiitas Huthis, que controlam a capital e outras regiões no norte e oeste do Iémen desde 2015, começaram a atacar há mais de um ano território israelita e navios ligados ao país com 'drones' e mísseis nas águas do Mar Vermelho e do Golfo de Aden, alegando agir em solidariedade com o Hamas, em guerra com Israel desde outubro de 2023.
Israel tem respondido com vários ataques aéreos contra o Iémen, enquanto os Estados Unidos e o Reino Unido também realizaram bombardeamentos contra o país, argumentando que estão a proteger a navegação numa região vital para o comércio mundial.
Os rebeldes iemenitas ameaçaram continuar as suas operações até que Israel termine a sua ofensiva contra o Hamas na Faixa de Gaza.
Na quinta-feira, as FDI intercetaram dois mísseis lançados a partir do Iémen, numa ação reivindicada pelos Huthis, um deles visando o Aeroporto Internacional Ben Gurion de Telavive.
Os rebeldes iemenitas anunciaram na semana passada que iriam retomar as operações militares contra navios israelitas ou ligados a Israel em apoio as grupo islamita palestiniano Hamas no conflito na Faixa de Gaza.
Depois de Israel ter quebrado a trégua em Gaza, na madrugada de terça-feira, com ataques que causaram 591 mortos e mais de mil feridos, nas últimas 72 horas, de acordo com o Hamas, os Huthis avisaram que iam intensificar as operações militares.
Israel retomou os ataques responsabilizando o Hamas por ter rejeitado uma nova proposta para manter a trégua.
Os Estados Unidos lançaram uma série de ataques aéreos no fim de semana contra várias cidades controladas pelos Huthis no norte e centro do Iémen e em Sanaa.
Estes bombardeamentos, que segundo os rebeldes fizeram cerca de 50 mortos, foram ordenados por Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para travar a ameaça dos Huthis e os seus ataques contra o transporte marítimo e o comércio internacional no Mar Vermelho e Mar Arábico.
O principal aliado de Israel, insistiu esta semana que o Irão deve parar de imediato o seu apoio aos Huthis, e não apenas reduzi-lo, e afirmou que os rebeldes iemenitas serão "completamente aniquilados" se não cessarem os seus ataques.
Trump assinalou, na sua plataforma Truth Social, que "danos tremendos" já foram infligidos aos Huthis e avisou que "a situação irá piorar progressivamente", referindo-se aos ataques de Washington nos últimos dias contra o grupo apoiado por Teerão.
"Nem sequer é uma luta justa, e nunca será. Serão completamente aniquilados!", advertiu.
Donald Trump acrescentou que, embora "haja notícias de que o Irão reduziu o seu fornecimento de equipamento militar e o apoio geral aos Huthis", o regime iraniano "ainda está a enviar grandes quantidades de mantimentos" ao grupo armado que controla parte do Iémen, incluindo a capital, Sanaa.
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