Noruega encerra embaixada no Sudão do Sul e pede aos cidadãos que saiam

Oslo, 26 mar 2025 (Lusa) - A Noruega anunciou hoje o encerramento temporário da sua embaixada em Juba, capital do Sudão do Sul, por razões de segurança e apelou aos seus cidadãos para abandonarem o país, palco de confrontos armados.

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Lusa
26/03/2025 16:03 ‧ há 3 dias por Lusa

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Sudão do Sul

As forças leais ao Presidente Salva Kiir e as que apoiam o vice-presidente Riek Machar estão em confronto há várias semanas no Sudão do Sul, apesar de um acordo de paz assinado em 2018, suscitando receios de risco iminente de uma guerra civil.

 

A oposição sul-sudanesa denunciou hoje ataques a uma das suas bases militares perto da capital, apesar do apelo ao diálogo lançado pelos Estados Unidos da América.

Machar classificou o ataque como "uma violação ao acordo de paz de 2018".

Esta violência suscita receios de que este país pobre, instável e o mais jovem do mundo, possa voltar à guerra civil que opôs Kiir a Machar e que causou a morte de quase 400.000 pessoas e quatro milhões de deslocados entre 2013 e 2018.

"A situação de segurança no Sudão do Sul deteriorou-se acentuadamente nos últimos tempos. Isto afeta principalmente a população civil no país, mas também tem consequências para a segurança e a liberdade de circulação do nosso pessoal", afirmou o chefe da diplomacia norueguesa, Espen Barth Eide, em comunicado.

"Optámos, por isso, por encerrar temporariamente a embaixada em Juba até nova ordem", acrescentou.

Numa declaração separada emitida anteriormente, o Ministério dos Negócios Estrangeiros norueguês também desaconselhou todas as viagens para o Sudão do Sul e apelou aos cidadãos noruegueses que se encontravam no país a abandonarem-no.

Até nova ordem, a embaixada norueguesa em Nairobi será responsável pelos assuntos diplomáticos no Sudão do Sul.

Antes da Noruega, já a Alemanha tinha também anunciado, no sábado, a decisão de encerrar a embaixada do país no Sudão do Sul, face ao alerta de risco iminente de uma guerra civil, devido ao conflito étnico do estado do Alto Nilo.

"Após anos paz frágil, o Sudão do Sul está de novo à beira de uma guerra civil e a segurança dos nossos colegas é a principal prioridade", disse hoje a ministra dos Negócios Estrangeiros da Alemanha, Annalena Baerbock, numa declaração publicada na sua conta da rede social BlueSky.

O condado de Nasir, no Alto Nilo, é, desde há semanas, palco de combates entre as forças federais leais ao Presidente e o Exército Branco, uma milícia acusada pelo Governo de colaborar com o primeiro vice-presidente.

Leia Também: Conselho Norueguês para os Refugiados reduz serviços no Afeganistão

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