Quase metade das mortes (74) foram registadas este ano, embora os casos deste surto tenham sido registados pela primeira vez em outubro de 2024, quando a doença se espalhou por 23 dos 36 estados da Nigéria, segundo o Centro de Controlo de Doenças da Nigéria (NCDC, na sigla em inglês).
As autoridades sanitárias frisaram que os parceiros locais descreverem o recente aumento de mortes como alarmante.
De acordo com as declarações do porta-voz do NCDC, Sani Datti, à Associated Press (AP) a maioria das mortes causadas pela meningite deveu-se principalmente ao facto de as pessoas infetadas não terem ido às unidades de saúde ou terem chegado tarde com complicações graves.
Este surto atingiu o país mais populoso de África, numa altura em que o setor da saúde sofre com os cortes da ajuda internacional.
Ao longo dos anos, a Nigéria dependeu fortemente dessa ajuda para combater surtos semelhantes e apoiar os seus sistemas de saúde subfinanciados.
A Nigéria está entre os 26 países africanos que são endémicos em relação à meningite, por isso os surtos sazonais são comuns durante a estação seca, especialmente no norte.
A meningite afeta as membranas protetoras que envolvem o cérebro e a espinal medula.
Este é mais um desafio para o sistema de saúde que já se debate com "o maior fardo de malária do mundo", segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Na semana passada, a Nigéria recebeu o primeiro lote de mais de um milhão de doses de vacinas contra a meningite da aliança global de vacinas Gavi, o que foi descrito pelas autoridades locais como um marco crucial na resposta à doença.
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