A decisão foi comunicada ao encarregado de negócios da Roménia, que foi hoje convocado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros para ser informado da expulsão dos diplomatas, segundo um comunicado do ministério.
A medida constitui uma resposta à "decisão injustificada" das autoridades romenas de expulsar o adido militar russo e o seu adjunto, acrescentou o ministério, segundo a agência de notícias espanhola EFE.
As relações entre Moscovo e Bucareste, tensas desde que a NATO instalou em território romeno armamento que alegadamente ameaçava a segurança da Rússia, deterioraram-se desde o início da guerra na Ucrânia, em fevereiro de 2022.
O Kremlin (presidência) também manifestou recentemente desagrado pela exclusão do candidato pró-russo e ultranacionalista Calin Georgescu das eleições presidenciais na Roménia.
O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, considerou que a exclusão do político romeno constituía uma "violação de todas as normas da democracia no centro da Europa".
Em novembro de 2024, Georgescu foi o vencedor inesperado da primeira volta das eleições, que foram anuladas por suspeitas de financiamento ilegal da campanha e de interferência russa no processo.
O Presidente francês, Emmanuel Macron, avisou na altura que se a Rússia vencer a guerra contra a Ucrânia, "avançará para a Moldova e, talvez mais além, para a Roménia".
A primeira volta da repetição das eleições presidenciais romenas está marcada para 04 de maio. Se nenhum candidato obtiver mais de 50% dos votos, será realizada uma segunda volta a 18 de maio.
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