Em comunicado, o Ministério das Relações Exteriores egípcio conta que o chefe do departamento, Badr Abdelaty, fez este pedido durante uma conversa telefónica com o homólogo iraniano, Abbas Araqchi.
O objetivo é reduzir as tensões na região e antes das negociações que os Estados Unidos e o Irão iniciarão no sábado em Omã.
"A conversa abordou os acontecimentos na região e a importância de contê-los", lê-se no comunicado.
O ministro egípcio terá sublinhado "a necessidade de manter contenção durante esta fase crítica (...) e evitar medidas ou ações que possam aumentar ainda mais as tensões na região".
"Nesse contexto, abordou os eventos no Mar Vermelho, enfatizando a necessidade de proteger a liberdade de navegação naquela área e a importância de restaurar a calma e evitar que ela caia em um ciclo de violência e escalada", acrescenta.
O Irão é o principal suporte do chamado "Eixo da Resistência" contra Israel, que reúne organizações armadas como o xiita libanês Hezbollah, o palestino Hamas e os huthis.
Desde novembro de 2023, este grupo rebelde do Iémen ataca navios israelitas ou ligados a Israel em retaliação à guerra em Gaza.
As ações dos Huthis nos mares Vermelho e Arábico interromperam o comércio internacional, bem como o trânsito pelo Canal de Suez.
Os EUA lançaram uma série de ataques aéreos em meados de março, seguindo ordens do presidente americano Donald Trump, que também alertou o Irão para cessar o seu apoio aos insurgentes.
O ministro das Relações Exteriores egípcio, cujo país faz a mediação entre Israel e o Hamas, também discutiu com Araqchi "a situação na Faixa de Gaza, os esforços egípcios para retornar ao acordo de cessar-fogo (...) e conter a escalada atual", refere a nota do ministério hoje tornada pública.
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