Bailarina norte-americana libertada em troca de prisioneiro com a Rússia

Estava detida por ter dado dinheiro a uma associação que apoia a Ucrânia.

Notícia

© Reuters/Dmitry Chasovitin

Notícias ao Minuto com Lusa
10/04/2025 10:36 ‧ há 4 dias por Notícias ao Minuto com Lusa

Mundo

Rússia

A Rússia libertou, esta manhã, a bailarina norte-americana Ksenia Karelina numa troca de prisioneiros com os serviços de informação de Donald Trump.

 

A troca aconteceu em Abu Dhabi avança o Wall Street Journal,  referindo que esta é a mais recente prova das boas relações que têm vindo a desenvolver-se entre os dois países, após a eleições presidenciais que deram a vitória a Donald Trump.

Recorde-se que Karelina, que tem dupla nacionalidade russa e norte-americana, foi condenada a 12 anos de prisão em agosto de 2024 por ter feito uma doação a uma associação norte-americana que apoiava a Ucrânia.

A antiga bailarina foi detida na cidade de Yekaterinburg, nos Montes Urais, em fevereiro de 2024, e condenada por traição no final desse ano.

O Primeiro Departamento, um grupo de defesa dos direitos dos cidadãos russos, afirmou que as acusações resultaram de uma doação de 51,80 dólares (cerca de 47 euros, ao câmbio atual) a uma instituição de caridade norte-americana que ajuda a Ucrânia.

As autoridades norte-americanas consideraram o processo contra Karenina "absolutamente ridículo".

"Foi injustamente detida pela Rússia durante mais de um ano e o Presidente [Donald] Trump conseguiu a sua libertação", congratulou-se Rubio, também citado pela agência de notícias France-Presse (AFP).

De acordo com o Wall Street Journal (WSJ), a Rússia obteve em troca a libertação de Arthur Petrov, um russo-alemão detido em 2023, acusado de exportar ilegalmente componentes eletrónicos para a Rússia para uso militar.

Petrov foi detido em 2023 em Chipre a pedido dos Estados Unidos por alegadamente exportar microeletrónica sensível para a Rússia.

Foi extraditado em agosto de 2024 e enfrentou acusações de violações do controlo das exportações, contrabando, fraude eletrónica e branqueamento de capitais.

Uma das acusações referia-se a um esquema de aquisição de componentes eletrónicos provenientes dos Estados Unidos, em nome de um fornecedor russo, essenciais para fabricantes que fornecem armamento às forças armadas da Rússia.

Karelina terá obtido a nacionalidade norte-americana por casamento, depois de se ter mudado para Los Angeles.

Foi detida quando regressou à Rússia para visitar a família em 2024.

O Serviço Federal de Segurança russo (FSB) alegou que Karelina "recolheu proativamente dinheiro no interesse de uma das organizações ucranianas".

Segundo o FSB, o dinheiro foi "posteriormente utilizado para comprar material médico tático, equipamento, armas e munições para as forças armadas ucranianas".

A Rússia está em guerra com a Ucrânia, que invadiu em fevereiro de 2022, e proíbe quaisquer manifestações de apoio dos russos aos ucranianos.

O advogado de Karelina, Mikhail Mushailov, disse que a ex-bailarina estava a voar para os Estados Unidos a partir de Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, onde a troca teve lugar.

O Wall Street Journal publicou a notícia citando o diretor da CIA, John Ratcliffe, que, segundo o jornal, assistiu à troca no aeroporto de Abu Dhabi.

O emirado foi anteriormente palco de outra troca de prisioneiros de alto nível entre os Estados Unidos e a Rússia, quando a estrela de basquetebol Brittney Griner foi trocada pelo traficante de armas Viktor Bout em dezembro de 2022.

[Notícia atualizada às 14h05]

Leia Também: Matilde foi a 1.ª a ser submetida a esta cirurgia. Como está após um ano?

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas