Rússia anuncia nove mortos em ataque ucraniano a aldeia de Kursk

As autoridades russas anunciaram hoje a morte de nove pessoas num novo bombardeamento das forças ucranianas à província de Kursk, sobre a qual Kyiv iniciou uma incursão em agosto de 2024.

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© TATYANA MAKEYEVA/AFP via Getty Images

Lusa
10/04/2025 14:38 ‧ há 2 semanas por Lusa

Mundo

Ucrânia

A representante do Ministério Público, Svetlana Petrenko, disse que estas "mortes com sinais de violência" perpetradas pelos "militares ucranianos" ocorreram na aldeia de Majnovka, no distrito de Sudzha.

 

Os nove cadáveres foram encontrados em edifícios residenciais semidestruídos, durante uma inspeção das autoridades russas, que determinaram que "os militares ucranianos dispararam deliberadamente" sobre estes edifícios. Além disso, seis das vítimas mortais apresentavam ferimentos provocados por armas de fogo.

Os factos terão ocorrido a partir de março, indicou Petrenko, segundo o relatório publicado pelo Ministério Público na plataforma digital Telegram. O documento indica que as forças ucranianas utilizaram armas de artilharia devido ao estado dos edifícios.

A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e "desnazificar" o país vizinho, independente desde 1991 - após o desmoronamento da União Soviética - e que tem vindo a afastar-se da esfera de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.

A guerra na Ucrânia já provocou dezenas de milhares de mortos de ambos os lados, e os últimos meses foram marcados por ataques aéreos em grande escala da Rússia contra cidades e infraestruturas ucranianas, ao passo que as forças de Kyiv têm visado alvos em território russo próximos da fronteira e na península da Crimeia, ilegalmente anexada por Moscovo em 2014.

As tropas russas, mais numerosas e mais bem equipadas, prosseguem o avanço na frente oriental, apesar da ofensiva ucraniana na Rússia, na região de Kursk, e da autorização dada à Ucrânia pelo ex-presidente norte-americano Joe Biden para utilizar mísseis de longo alcance fornecidos pelos Estados Unidos para atacar a Rússia.

As negociações entre as duas partes estavam completamente bloqueadas desde a primavera de 2022, com Moscovo a continuar a exigir que a Ucrânia aceite a anexação de uma parte do seu território.

Antes de regressar à Casa Branca para um segundo mandato presidencial, Trump defendeu o fim imediato da guerra na Ucrânia, garantindo que o conseguiria em 24 horas, mas não foi bem-sucedido até à data.

A Ucrânia pede garantias sólidas de segurança aos aliados, para evitar que Moscovo volte a atacar. A Rússia quer uma Ucrânia "desmilitarizada" e que entregue os territórios que Moscovo afirma ter anexado, o que Kyiv considera inaceitável.

Leia Também: Zelensky refere presença de soldados ucranianos na região russa de Belgorod

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