"A Ucrânia não é hoje apenas um campo de batalha, é um campo de oportunidades", afirmou Schmigal, sublinhando que o seu país está pronto a tornar-se um contribuinte e exportador "de segurança, energia, recursos críticos e inovações digitais".
O primeiro-ministro, que falava numa conferência de imprensa após uma cimeira empresarial, em Bruxelas, apelou às empresas europeias do setor da defesa para que se tornem "parceiras" da Ucrânia, onde a invasão russa "catalisou" a inovação no setor.
"A Europa precisa de rearmamento e de uma maior autonomia estratégica no domínio da defesa e a Ucrânia pode tornar-se o seu centro industrial", acrescentou.
A comissária Kos afirmou, por seu lado, que "não se trata apenas de solidariedade, mas sim de estratégia" e sobre o que a União Europeia (UE) "pode beneficiar com a Ucrânia".
Kos sublinhou igualmente a contribuição da Ucrânia para a segurança europeia, bem como para "a resiliência económica e a competitividade da Europa".
"Podemos escolher se os nossos vizinhos contribuem para a nossa prosperidade e segurança ou se constituem um desafio para a mesma", afirmou.
Além disso, a Ucrânia e a UE estão atualmente a renegociar um acordo de benefícios comerciais a favor da Kiev, que deverá expirar em junho.
O primeiro-ministro ucraniano insistiu que "a Ucrânia é um parceiro fiável" e que "a liberalização do comércio entre a Ucrânia e a UE deve ser mantida".
A cimeira empresarial realizou-se um dia depois do décimo Conselho de Associação entre a UE e a Ucrânia, após o qual as duas partes assinaram cinco novos acordos para financiar a reconstrução do país devastado pela guerra, dar acesso ao programa espacial da UE e facilitar o fornecimento de material médico.
Ao mesmo tempo, uma delegação ucraniana dirige-se para Washington para iniciar contactos técnicos para as negociações sobre o acordo relativo aos minerais raros com representantes da administração de Donald Trump, na sexta-feira.
A segunda cimeira Ucrânia-UE sobre indústrias de defesa terá lugar em Bruxelas no próximo mês de maio.
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