Orbán, que tem defendido o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, contra a posição comum da União Europeia, afirmou que as novas medidas tarifárias norte-americanas são táticas políticas que vão durar "um ou dois meses".
Afirmou ainda que os Estados Unidos vão chegar a um acordo prevendo que não se vai verificar uma guerra tarifária, mas sim uma "paz tarifária".
As declarações do primeiro-ministro conservador do Governo de Budapeste foram transmitidas hoje durante o programa semanal que mantém na rádio pública húngara Kossuth.
De acordo com Orbán, aliado próximo de Trump, o presidente dos Estados Unidos já tinha dito antes de ser eleito que quer alcançar um equilíbrio no comércio internacional.
O Governo húngaro tem defendido as tarifas introduzidas por Trump e tem assumido a tese de que os Estados Unidos querem alcançar um equilíbrio no comércio externo com muitos países, incluindo com os Estados do bloco europeu.
O ministro do Interior da Hungria (equivalente ao Ministério da Administração Interna), Gergely Gulyás, afirmou na quinta-feira que a Comissão Europeia cometeu um erro ao não negociar com os Estados Unidos a política tarifária de forma a evitar, disse, a atual guerra comercial.
O Governo da Hungria distanciou-se dos parceiros da União Europeia ao não apoiar a proposta que defendeu uma resposta recíproca ao plano tarifário dos Estados Unidos, que acabou por ser aprovada pelos restantes 26 membros do bloco europeu.
Trump anunciou esta semana que mantém as tarifas básicas de 10% para o resto do mundo, mas suspende por 90 dias as tarifas sobre todos os países que não retaliaram contra os Estados Unidos.
A Comissão Europeia disse na quinta-feira que vai "levar o tempo necessário" para avaliar o anúncio de Donald Trump que provocou quedas acentuadas nas bolsas de valores em todo o mundo.
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