O empréstimo, que será canalizado através do programa de Empréstimos Extraordinários de Aceleração de Receitas para a Ucrânia do G7 (grupo das sete maiores economias mundiais), será financiado com as receitas dos ativos soberanos russos congelados pela União Europeia (UE), segundo informou o Ministério das Finanças num comunicado.
Esta é a segunda remessa enviada para a Ucrânia ao abrigo de um acordo de financiamento acordado com Kiev, no valor total de 2,26 mil milhões de libras (2,62 mil milhões de euros).
A primeira remessa foi feita a 06 de março e a última está prevista para 2026, embora o Reino Unido forneça financiamento através de outras vias.
"Uma Ucrânia forte é vital para a segurança nacional do Reino Unido e esta segunda tranche de financiamento ajudará a colocá-la na posição mais forte possível e contribuirá para a nossa segurança coletiva", justificou a ministra das Finanças, Rachel Reeves, na mesma nota informativa.
O ministro da Defesa, John Healey, afirmou, por sua vez, que o dinheiro "será utilizado para comprar material de defesa aérea, artilharia e peças para ajudar a reparar veículos e equipamentos necessários urgentemente".
O anúncio britânico surge um dia depois de um bombardeamento russo com mísseis na cidade de Sumi (norte da Ucrânia), no domingo, que provocou pelo menos 34 mortos e mais de 100 feridos.
A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A Ucrânia tem contado com ajuda financeira e em armamento dos aliados ocidentais desde a invasão.
Os aliados de Kiev também têm decretado sanções contra setores-chave da economia russa para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra na Ucrânia.
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