O presidente da Rússia, Vladimir Putin, admitiu esta quarta-feira que "ainda não há armas suficientes", incluindo drones, para as forças armadas do país, apesar de ter havido um aumento da produção ao longo do último ano.
Segundo a agência de notícias Reuters, Putin afirmou numa reunião da Comissão Militar-Industrial estatal que quase todas as empresas de defesa tinham cumprido integralmente as suas encomendas no ano passado.
"Por exemplo, a produção de armas, comunicações, reconhecimento e sistemas de guerra eletrónica mais do que duplicou. As tropas receberam mais de 4.000 unidades de armas blindadas, 180 aviões de combate e helicópteros", disse o chefe de Estado, acrescentando que foram produzidos mais de 1,5 milhões de drones de vários tipos.
No entanto, reconheceu que "ainda não há armas suficientes" para dar resposta à guerra na Ucrânia, dando a entender que, apesar de estarem a decorrer negociações para um cessar-fogo, a Rússia não pretende parar de produzir armamento.
"Sei muito bem, e muitos dos que estão a participar na nossa reunião de hoje sabem-no tão bem como eu: ainda não há armas suficientes. Não são suficientes", disse.
O presidente disse ainda estar "certo de que todos os planos para aumentar a produção do equipamento necessário, neste caso os drones, serão certamente cumpridos".
"Estão a aguardá-los ansiosamente na frente de batalha", adiantou.
Sublinhe-se que representantes do Reino Unido, dos Estados Unidos, da Ucrânia, da Alemanha e da França estão agora reunidos em Londres para tentar cessar as hostilidades.
No entanto, o encontro, que devia ter juntado os ministros dos Negócios Estrangeiros dos diferentes países, foi alterado devido à ausência do secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio.
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