O pacote de ajuda inclui apoio ao financiamento das empresas e medidas para estimular o consumo, para dissipar as preocupações de que as tarifas norte-americanas possam afetar as exportações japonesas, o que poderia ter um impacto considerável na economia em geral.
O governo do primeiro-ministro, Shigeru Ishiba, comprometeu-se igualmente a reduzir os preços da gasolina e do gasóleo em 10 ienes (cerca de 0,06 euros) por litro, a conceder subsídios para as faturas de energia e a considerar a possibilidade de alargar o âmbito dos empréstimos a juros baixos para as pequenas empresas, a partir de maio.
As tarifas norte-americanas podem "prejudicar substancialmente as indústrias nacionais que sustentam" o Japão, "como a automóvel e a siderúrgica", afirmou Ishiba, sublinhando a necessidade de Tóquio e Washington trabalharem juntos para benefício mútuo.
"É fundamental para nós transmitir claramente aos Estados Unidos que as empresas japonesas contribuíram significativamente para a economia norte-americana através do investimento e da criação de emprego", acrescentou.
O anúncio das novas medidas surge um dia depois de o governo japonês ter anunciado a visita aos EUA do representante máximo para as questões tarifárias, Ryosei Akazawa, a partir de quarta-feira, para prosseguir as negociações.
A viagem tem a duração de três dias, durante os quais Akazawa, ministro responsável pela Revitalização Económica e pelo Novo Capitalismo, deverá reunir-se, entre outros responsáveis, com o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, e com representante do Comércio norte-americano, Jamieson Greer.
Esta será a segunda ronda de negociações entre Tóquio e Washington sobre questões tarifárias, depois de uma primeira, em meados de abril, que não foi bem sucedida, apesar dos comentários positivos feitos na altura pelo Presidente dos EUA, Donald Trump.
O governo nipónico tem vindo a pedir à Administração Trump uma isenção da nova tarifa sobre a indústria automóvel - particularmente prejudicial para Tóquio por tratar-se de uma principais indústrias japonesas, sendo os Estados Unidos o maior mercado do país asiático - bem como de outras novas tarifas.
O Japão tem tido prioridade nas negociações tarifárias sobre essas taxas.
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