O trabalhador da biblioteca do Hermitage, que incorre numa pena de prisão que pode chegar até aos seis anos de cadeia, foi detido na sexta-feira no âmbito de uma investigação sobre o desaparecimento de várias peças daquela instituição, após uma inspeção à biblioteca em janeiro último, indicou um comunicado dos serviços secretos russos (FSB).
As autoridades russas referiram que várias gravuras, litografias, fotografias e livros datados entre os séculos XVII e XIX, todos pertencentes à biblioteca do Hermitage, foram encontrados na casa do trabalhador, mas também no domicílio de um amigo do suspeito e em lojas de antiguidades de São Petersburgo.
Após a descoberta, todas as obras regressaram ao museu, segundo anunciou a direção do Hermitage, num comunicado.
A vasta coleção do Hermitage, uma das mais prestigiantes do mundo, já tinha sido alvo de roubo em 2006, ano em que cerca de 200 joias foram furtadas com a ajuda de uma conservadora do museu.
O autor do roubo, o marido da conservadora, acabou por ser condenado a cinco anos de prisão.
De acordo com o museu, antiga residência dos czares da Rússia, as peças de joalharia roubadas estavam avaliadas em 3,9 milhões de euros.
Em 2010, uma auditoria de três anos realizada pelo Ministério da Cultura russo revelou que cerca de 250.000 peças de museus russos estavam dadas como perdidas ou tinham sido roubadas.