"Está a acumular-se uma dívida pelo fornecimento (de gás) ao leste da Ucrânia. Há dois caminhos. Ou as duas empresas (a russa Gazprom e a ucraniana Naftogaz) chegam a um acordo. Ou a questão deve resolver-se nos tribunais", advertiu Novak.
Adiantou que em qualquer dos casos, a dívida pelo gás que a Gazprom fornece aos territórios controlados pelos rebeldes separatistas pró-russos será atribuída à Ucrânia.
Em meados de fevereiro, a Rússia começou a distribuir gás às regiões rebeldes de Donetsk e Lugansk através da zona da fronteira russo-ucraniana que é controlada pelos separatistas.
Pouco antes, Kiev tinha cortado a distribuição de gás àqueles territórios, alegando que os gasodutos tinham sofrido danos durante os combates entre as forças ucranianas e os rebeldes.
A Ucrânia tem-se negado a pagar o gás distribuído desde então, argumentando que não pode controlar o volume ou o uso que lhe é dado pelos rebeldes, enquanto a Rússia insiste que o fornecimento àquelas zonas está previsto no contrato assinado em 2009 entre a Gazprom e a Naftogaz.
O presidente russo, Vladimir Putin, assinalou já que os acordos de paz de Minsk, de 12 de fevereiro, obrigam as autoridades ucranianas a garantirem o fornecimento de energia aos territórios controlados pelos separatistas.