Investigadores divulgam as mais detalhadas imagens do cérebro humano

Investigadores norte-americanos divulgaram na terça-feira as imagens até hoje mais detalhadas do cérebro humano, no âmbito de um projecto internacional para compreender como as estruturas cerebrais determinam a personalidade.

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Lusa
06/03/2013 16:08 ‧ 06/03/2013 por Lusa

Mundo

Estados Unidos

O projecto, designado ‘Human Connectome’, tem uma duração de cinco anos e conta com a participação de 10 centros de investigação nos Estados Unidos e na Europa.

O seu objectivo é recolher uma vasta quantidade de informação através de sistemas de imagens avançados sobre um total de 1.200 adultos sãos e disponibilizá-la aos investigadores em todo o mundo.

As primeiras imagens e dados divulgados são de 68 adultos voluntários. Além das numerosas imagens do seu cérebro, o projecto fornece também informações sobre os seus traços de personalidade e as suas capacidades intelectuais.

"Disponibilizando imediatamente estes dados únicos e continuando a publicar regularmente novidades todos os trimestres, o Human Connectome Project permite à comunidade científica começar a explorar as ligações entre os circuitos do cérebro e os comportamentos individuais", explicou David Van Essen, um dos principais responsáveis do consórcio.

Segundo Van Essen, professor na Faculdade de Medicina da Universidade Washington em Saint Louis (Missouri), este estudo "terá um grande impacto na compreensão da função cerebral de adultos saudáveis".

Permitirá ainda "estabelecer a base para futuros projectos de investigação que analisarão as mudanças nos circuitos cerebrais que estão na origem de uma grande variedade de doenças mentais", adiantou o cientista, citado pela agência France Presse.

Os primeiros dados dão informações quanto à conectividade do cérebro em cada um dos 68 sujeitos, utilizando duas técnicas distintas de imagens por ressonância magnética (IRM).

A primeira permite revelar a complexidade dos circuitos nas estruturas da matéria cinzenta que contêm neurónios e tratam a informação dos órgãos sensoriais ou de outras regiões do cérebro.

O segundo método revela os circuitos anatómicos que atravessam a matéria branca do cérebro onde as fibras nervosas estão rodeadas por uma membrana de mielina protectora. Esta atua como um isolador que facilita a transmissão de sinais pelas fibras nervosas.

Os indivíduos realizaram uma ressonância magnética do cérebro enquanto executavam uma série de tarefas, fornecendo assim dados extensos sobre a activação do cérebro.

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