As negociações foram formalmente abertas depois de as duas partes apresentarem em Seul um novo grupo de trabalho conjunto, disse à Efe um porta-voz do Ministério de Defesa em Seul.
O grupo de trabalho, liderado pelo tenente general sul-coreano Jang Kyung-soo e o norte-americano Robert Hedelund, celebra hoje a primeira reunião no ministério para abordar a futura instalação do escudo antimísseis norte-americano.
O órgão conjunto vai dedicar-se a debater uma série de assuntos como a eficácia militar do THAAD, os locais mais adequados para a sua instalação, o calendário de execução do projeto, a divisão de custos e o impacto sobre a segurança e o meio ambiente, entre outros, indicou o porta-voz da Defesa.
Seul e Washington anunciaram em fevereiro que começariam a negociar a instalação no território sul-coreano do escudo antimísseis como resposta ao teste nuclear e lançamento de um foguete espacial -- considerado um teste de mísseis -- da Coreia do Norte.
O projeto THAAD, um sistema desenhado para intercetar mísseis na fase de voo terminal, gerou protestos tanto por parte da Coreia do Norte, que o considerou uma ameaça direta à sua segurança, como da China e, em menor medida, da Rússia.
Pequim declarou em diversas ocasiões a sua oposição à instalação do sistema, considerando que os seus radares podem captar informação militar confidencial chinesa, enquanto Moscovo defende que o sistema permite inspecionar o espaço aéreo de algumas regiões do seu extremo oriental.
O início das conversações oficiais acontece num momento de particular tensão, depois de a Coreia do Norte ter lançado, na quinta-feira, vários mísseis de curto alcance para o mar e hoje ter ameaçado com um ataque nuclear preventivo, após receber novas sanções do Conselho de Segurança da ONU.
Acredita-se que o escudo poderia ser instalado perto da localidade de Pyeongtaek, a 70 quilómetros de Seul e onde se concentram importantes instalações militares norte-americanas.
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