Corrupção de líderes mundiais denunciada por mega fuga de informação

Uma fuga de informação sem precedentes mostra como chefes de estado, criminosos e celebridades escondem dinheiro em paraísos fiscais.

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Carolina Rico
03/04/2016 20:05 ‧ 03/04/2016 por Carolina Rico

Mundo

Investigação

Uma fuga de informação numa das sociedades de advogados mais secretistas do mundo, a Mossack Fonseca, no Panamá, revelou como esta empresa tem estado a ajudar empresas, políticos e grandes bancos a lavar dinheiro e fugir a impostos.

O Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação e centenas de outros órgãos de comunicação social de todo o mundo levaram a cabo uma investigação com base nesta fuga e divulgaram hoje as suas conclusões.

Segundo a BBC, os jornalistas envolvidos neste mega trabalho de investigação tiveram acesso a 11,5 milhões de documentos (designado dossiê Panamá ou Panama Papers) que provam o encobrimento de um sem número de crimes ao longo de quarenta anos.

Doze antigos e atuais líderes mundiais, 140 políticos de mais de 50 países, burlões, traficantes de droga, multimilionários, celebridades e estrelas do desporto desviaram milhões com ajuda desta sociedade de advogados e de grandes bancos como o UBS e o HSBC.

Várias empresas norte-americanas são também acusadas de negócios 'sujos' como envolvimentos com barões da droga e organizações terroristas cujo dinheiro é ocultado em paraísos fiscais e empresas 'fantasma'.

Vladimir Putin, os primeiros-ministros da Islândia e do Paquistão, o presidente da Ucrânia, o rei da Arábia Saudita, o presidene da Argentina e os filhos do presidente do Azerbeijão, mas também Jackie Chan, Platini ou Messi estão entre os nomes na berlinda.

O Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação pretende divulgar a lista completa das empresas e pessoas envolvidas em esquemas de corrupção no início de maio.

Empresa nega crimes mas diz ter sido alvo de ataque informático

A Mossack Fonseca, especialista na gestão de capitais e patrimónios, negou à agência espanhola Efe qualquer vinculação a delitos que possam ter cometido centenas de milhares de clientes, de acordo com informações tornadas hoje públicas.

Ramón Fonseca Mora, sócio da empresa, disse que a companhia tem 40 anos de atividade legal e que criou 240 mil estruturas jurídicas, sem ter sido acusada ou condenada por qualquer crime.

Segundo a imprensa, a empresa comunicou aos seus clientes que foi alvo de um ataque informático e que os seus dados poderão ter sido afetados.

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