"Estamos preocupados com a condição física de Guillermo Farinas, Carlos Amel e outros ativistas que estão a fazer uma greve de fome", garantiu o porta-voz do Departamento de Estado, John Kirby, em declaração prévia à sua conferência de imprensa diária.
"Transmitimos estas preocupações diretamente ao governo cubano, tanto em Washington como em Havana", acrescentou.
Os EUA estão a seguir a situação destes dissidentes de perto, disse ainda Kirby.
Guillermo Farinas, distinguido com o Prémio Sakharov 2010 do Parlamento Europeu pela defesa dos direitos humanos, foi hospitalizado esta quinta-feira no hospital da cidade cubana de Santa Clara depois de desmaiar devido à greve de fome e sede iniciada no passado dia 19.
Ao mesmo tempo, um grupo de opositores, encabeçado pelo coordenador juvenil da União Patriótica de Cuba (Unpacu) na província oriental de Santiago de Cuba, Carlos Amel Oliva, está em greve de fome desde há 16 dias.
Farinas, de 54 anos, que foi hidratado e atendido no hospital para que tinha sido transferido, regressou hoje ao seu domicílio, depois de sair "sob sua responsabilidade" do centro médico.
Este opositor, que coordena a Frente Anti Totalitária Unida (Fantu), considerada ilegal pelo governo cubano, declarou-se em greve de fome e sede para protestar pelos maus tratos que assegura ter recebido de agentes policiais quando procurou informações sobre um opositor detido.
Com o protesto, Farinas, que já realizou mais de uma vintena de greves de fome desde 1995, pretende que o governo da ilha dialogue com a oposição.
O governo de Cuba considera os opositores como "contrarrevolucionários" e "mercenários".