O encontro de empregadores, a que assistem representantes de 22 países, começou na quinta-feira em Cartagena das Índias, no âmbito da XXV Cimeira Ibero-Americana de chefes de Estado e Governo, que este ano será focada na juventude e empreendedorismo.
Perante os mais de 600 empresários que assistiam ao encontro, a secretária-geral ibero-americana, Rebecca Grynspan, sublinhou a importância de manter a juventude como a "principal força" dos países ibero-americanos e disse que desaproveitar o seu potencial é "uma perda de oportunidade".
"A juventude é o nosso principal desafio e a nossa principal força. São mais de 160 milhões de pessoas que constituem a geração jovem mais numerosa, mais educada e mais exigente da história da nossa região", declarou Grynspan, dizendo que não está a ser "aproveitada em todo o seu potencial".
Um quarto dos jovens ibero-americanos não trabalha nem estuda, a taxa de desemprego jovem "é o dobro da da população geral" e os que trabalham fazem-no sobretudo no mercado informal, indicou.
Outro problema apontado por Grynspan são as ofertas educativas dirigidas aos jovens "desalinhadas" com as opções do mercado laboral, cum uma elevada percentagem das empresas a dizerem "ter dificuldade para encontrar o pessoal de que necessitam".
O secretário permanente do Conselho Empresarial Ibero-Americano, o espanhol Juan Rossell, considerou, na sua intervenção, que "sem mais e melhor educação" as empresas não poderão enfrentar os desafios do futuro.
"A pobreza a nível mundial terá de ser combatida com mais e melhor educação e, por fim, mais e melhores empresas", assinalou, sublinhando a importância de educar também "a classe empresarial" e lamentando que a academia não dialogue com o mundo empresarial.
A XXV cimeira Ibero-americana reúne na Colômbia os chefes de Estado e de Governo de 22 países -- Portugal, Espanha e Andorra e 19 países da América Latina -- e acontece dois anos após a última reunião do género, realizada em Veracruz, México, em 2014, quando os mandatários aprovaram a realização bienal dos encontros.
Portugal está representado, como habitualmente, pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e pelo primeiro-ministro, António Costa.