A investigação em causa envolve também o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FI-FGTS) - um fundo de investimento que usa recursos de trabalhadores para aplicar em projetos de infraestruturas - e entidades de previdência (reforma), de acordo com uma nota do MPF.
A investigação insere-se na Operação Greenfield, que apura fraudes em fundos de pensão, e desdobra-se num procedimento investigatório criminal e num inquérito civil.
Os investigadores suspeitam de ilegalidades no aporte de recursos do Instituto Serpro de Seguridade Social e do Instituto de Gestão Previdenciária do Estado do Tocantins num fundo de investimentos que participou da edificação do Trump Hotel, no Rio de Janeiro.
Juntos, Serpros e Igeprev investiram mais de 131 milhões de reais (37,2 milhões de euros) no projeto do hotel.
As investigações apontam também que o grupo económico ligado a Donald Trump pode ter sido beneficiado com recursos do FI-FGTS.
"É necessário ainda verificar se o favorecimento pelas entidades de previdência da empresa LSH Barra Empreendimentos Imobiliários e do grupo empresarial The Trump Organization deu-se por meio de pagamento ilícito de comissões e propinas [subornos]", tais como noutros casos apurados na Operação Greenfield, devido à "grande grande similitude do 'modus operandi' [modo de atuação]", escreveu o procurador no despacho, apontando uma das linha de investigação.
Em comunicado, o MPF sublinhou que a investigação "não significa a antecipação de culpa dos envolvidos" e nem "posição final" da instituição sobre a ilegalidade dos fatos sob investigação.
A confirmação chegou a cerca de uma semana e meia das eleições presidenciais de 8 de novembro.