O ataque visou uma multidão de militares que se juntaram para receber os salários junto a uma base no nordeste de Aden.
"O número de mortos excede os 40 com cerca de 50 outros feridos," disse o chefe da saúde de Aden, Abdel Nasser al-Wali, citado pela AFP.
A mesma fonte admite que o número de vítimas possa aumentar devido aos "casos críticos".
Inicialmente, responsáveis militares e médicos falaram em 30 mortos.
O ataque foi perpetrado por um bombista suicida que se misturou com os soldados reunidos junto à casa do chefe das forças especiais de segurança em Aden, Coronel Nasser Sarea, no distrito Al-Arish, perto da base Al-Sawlaban.
Sarea disse que o bombista "se aproveitou da multidão e detonou os explosivos entre os soldados".
O ataque ocorre oito dias depois de um similar em Aden, reivindicado pelo grupo Estado Islâmico, ter causado a morte de 48 soldados e ferimentos noutros 29 militares.
Esse atentado ocorreu quando um 'kamikaze' fez detonar o seu cinto de explosivos num momento em que centenas de soldados estavam reunidos para receber o seu pagamento mensal na base Al-Sawlaban, próximo do aeroporto internacional de Aden.
No Iémen, forças lealistas apoiadas desde março de 2015 por uma coligação militar árabe defrontam os rebeldes xiitas Huthis, que controlam uma parte do território da capital Sana (norte) enquanto grupos 'jihadistas' estão estacionadas no sul.
Os 'jihadistas' da Al-Qaeda e os seus rivais do EI têm-se aproveitado do conflito entre o governo e os Huthis para reforçarem a sua presença em grande parte do sul do país, tendo multiplicado nos últimos meses os atentados em Aden, onde está instalado o Governo, reconhecido internacionalmente.
No entanto, a Al-Qaeda distanciou-se do ataque de 10 de dezembro, argumentando que quer evitar "derramar sangue muçulmano" e focar-se no combate aos americanos e seus aliados"
Até agora, nenhum grupo reivindicou o ataque de hoje.
A guerra no Iémen já fez mais de 7.000 mortos, cerca de metade civis, e quase 37.000 feridos em cerca de 21 meses, segundo a ONU.