Foi recentemente aprovada uma lei, no estado norte-americano do Arkansas, que basicamente dá permissão a um violador para processar as clínicas onde as suas vítimas vão para abortar, caso engravidem.
Como se a lei já não fosse suficientemente preocupante, dela fazem também parte casos de incesto ou violação dentro do seio familiar, querendo isto dizer que um pai pode processar a clínica onde a filha abortou.
Como seria de esperar, a lei já gerou muita controvérsia naquele estado e o representante do Arkansas Andy Mayberry veio a público para fazer alguns esclarecimentos, dizendo que, apesar de ser verdade que o violador pode tentar interromper a vontade da mulher em não querer ter o filho, este não poderá pedir nenhuma indemnização monetária no caso de se sentir alegadamente perturbado ao nível psicológico pela decisão da mulher.
“Não consigo perceber, de maneira alguma, que um violador tenha algum direito que seja em interferir na decisão de uma vítima que ficou grávida contra a sua vontade”, disse à mesma fonte Karen Musick, co-fundadora da Rede de Apoio ao aborto do estado do Arkansas.