Explosão no FMI foi "atentado" e mostra que França continua a ser um alvo

O Presidente francês, François Hollande, afirmou que a explosão de uma "carta-bomba" ocorrida hoje de manhã na delegação parisiense do Fundo Monetário Internacional (FMI) é "um atentado" que mostra que França continua a ser um alvo.

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© Reuters

Lusa
16/03/2017 14:22 ‧ 16/03/2017 por Lusa

Mundo

François Hollande

Numa primeira reação ao incidente ocorrido hoje em Paris, Hollande referiu-se ao acontecimento como um atentado, "não há outras palavras", e reiterou que exclui qualquer levantamento do estado de emergência em França até 15 de julho do ano corrente.

O estado de emergência foi declarado por Hollande depois dos ataques terroristas em Paris a 13 de novembro de 2015.

A explosão fez um ferido, que está "entre a vida e a morte", acrescentou o chefe de Estado francês, que falava à margem de uma visita a Toulon (sudeste de França). Inicialmente, a polícia francesa indicou a existência de um ferido ligeiro.

"Temos de encontrar os culpados e iremos fazer isso com obstinação e até às ultimas consequências", reforçou o Presidente.

O departamento antiterrorista do Ministério Público assumiu a investigação do caso.

Uma assistente de direção sofreu ferimentos nas mãos e no rosto ao abrir um envelope que explodiu nos escritórios do FMI na capital francesa.

Segundo os primeiros elementos do inquérito, uma espécie de petardo poderá estar na origem da explosão que ocorreu ao final da manhã no edifício que fica localizado no centro de Paris, indicaram fontes citadas pela agência noticiosa francesa AFP.

A diretora executiva do FMI, a francesa Christine Lagarde, condenou o incidente, que classificou como um "ato cobarde de violência", informando ainda estar a trabalhar com as autoridades francesas para investigar o incidente.

"Condeno este ato de violência e reafirmo a determinação do FMI em continuar o nosso trabalho, em linha com o nosso mandato", disse Lagarde, citada num comunicado.

"A minha compaixão vai para os colegas" dos escritórios de Paris, referiu a responsável.

A diretora executiva afirmou ainda estar a trabalhar com as autoridades francesas "para investigar este incidente e para garantir a segurança" dos trabalhadores" do FMI.

Após a explosão, os funcionários da delegação do FMI em Paris foram retirados do edifício, localizado perto do emblemático Arco do Triunfo, "como medida de precaução".

Polícias armados e militares foram vistos a patrulhar a área em redor dos escritórios do FMI.

Embora nenhuma ligação tenha sido estabelecida, um grupo grego de extrema-esquerda reivindicou hoje o envio de um pacote armadilhado para o gabinete do ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schäuble, em Berlim.

A polícia alemã informou ter descoberto na quarta-feira um pacote "explosivo" no escritório de Schäuble, um dia antes de o responsável alemão receber o seu novo homólogo norte-americano, Steven Mnuchin.

 

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