Bulgária: Conservadores e nacionalistas formam governo

O líder dos conservadores búlgaros, Boiko Borissov, fechou hoje um acordo de governo com uma aliança de partidos nacionalistas, de discurso hostil aos estrangeiros e às minorias nacionais.

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Lusa
13/04/2017 14:58 ‧ 13/04/2017 por Lusa

Mundo

Acordo

"Sem acordo com esta formação teriam sido inevitáveis novas eleições", disse Borissov no parlamento depois de três semanas de negociações que se seguiram às legislativas de 26 de março.

O partido conservador de Borissov, GERB, venceu o escrutínio, elegendo 95 deputados, pelo que precisava de se coligar para formar uma maioria num parlamento que conta 240 lugares.

Em segundo lugar ficou o principal adversário dos conservadores, o Partido Socialista Búlgaro (BSP, ex-comunista), com 80 deputados, e em terceiro a aliança nacionalista Patriotas Unidos (PU), com 27 deputados.

É a primeira vez que deputados nacionalistas participam num governo na Bulgária.

Os Patriotas Unidos integram três partidos, entre os quais o ultrarradical Ataka, criado em meados dos anos 2000 com o lema "A Bulgária aos búlgaros".

Os nacionalistas moderaram o tom na campanha eleitoral, mas mantiveram a hostilidade contra as minorias turca e cigana da Bulgária, os imigrantes e os homossexuais.

O acordo de coligação prevê uma política de firmeza em relação à imigração ilegal proveniente da vizinha Turquia, um reforço das relações com a Rússia e o aprofundamento da integração na NATO e na União Europeia, algo que os nacionalistas búlgaros não contestam.

Uma das dificuldades na negociação do acordo foi a exigência dos nacionalistas de um aumento do salário mínimo na Bulgária, o país mais pobre da UE.

O acordo contempla, nesse contexto, que o salário mínimo passe dos atuais 230 euros para 325 euros mensais dentro de quatro anos e a pensão mínima dos atuais 80 euros para 100 euros mensais.

 

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