"Sem acordo com esta formação teriam sido inevitáveis novas eleições", disse Borissov no parlamento depois de três semanas de negociações que se seguiram às legislativas de 26 de março.
O partido conservador de Borissov, GERB, venceu o escrutínio, elegendo 95 deputados, pelo que precisava de se coligar para formar uma maioria num parlamento que conta 240 lugares.
Em segundo lugar ficou o principal adversário dos conservadores, o Partido Socialista Búlgaro (BSP, ex-comunista), com 80 deputados, e em terceiro a aliança nacionalista Patriotas Unidos (PU), com 27 deputados.
É a primeira vez que deputados nacionalistas participam num governo na Bulgária.
Os Patriotas Unidos integram três partidos, entre os quais o ultrarradical Ataka, criado em meados dos anos 2000 com o lema "A Bulgária aos búlgaros".
Os nacionalistas moderaram o tom na campanha eleitoral, mas mantiveram a hostilidade contra as minorias turca e cigana da Bulgária, os imigrantes e os homossexuais.
O acordo de coligação prevê uma política de firmeza em relação à imigração ilegal proveniente da vizinha Turquia, um reforço das relações com a Rússia e o aprofundamento da integração na NATO e na União Europeia, algo que os nacionalistas búlgaros não contestam.
Uma das dificuldades na negociação do acordo foi a exigência dos nacionalistas de um aumento do salário mínimo na Bulgária, o país mais pobre da UE.
O acordo contempla, nesse contexto, que o salário mínimo passe dos atuais 230 euros para 325 euros mensais dentro de quatro anos e a pensão mínima dos atuais 80 euros para 100 euros mensais.