Milhares de refugiados no Líbano regressam à Síria após acordo

O grupo militante libanês Hezbollah e o ramo sírio da Al-Qaida iniciaram hoje a segunda fase de um acordo, com o envio de dezenas de autocarros e ambulâncias para a fronteira sírio-libanesa, para reinstalar milhares de refugiados na Síria.

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© Reuters

Lusa
31/07/2017 17:04 ‧ 31/07/2017 por Lusa

Mundo

Cessar-fogo

A operação poderá registar alguns atrasos, devido ao afluxo de milhares de sírios que pretendem confirmar o seu registo e regressar a casa, indicou a agência noticiosa Associated Press (AP).

O acordo de repatriamento segue-se a uma ofensiva militar de combatentes do movimento xiita libanês Hezbollah e de tropas sírias, que capturaram territórios na fronteira entre os dois países e bloquearam centenas de combatentes da Al-Qaida, confinados a uma pequena zona montanhosa.

Os combates foram interrompidos na quinta-feira com o anúncio de um cessar-fogo e negociações destinadas a permitir que refugiados, combatentes e seus familiares abandonem a província de Idlib (noroeste) e a região central de Qalamoun.

No âmbito deste acordo, os dois grupos trocaram no domingo os corpos dos seus combatentes mortos. O Hezbollah entregou nove militantes da Al-Qaida, em troca de cinco dos seus guerrilheiros abatidos.

A segunda fase prevê que 9.000 sírios, incluindo centenas de combatentes da Al-Qaida, regressem à Síria. Em troca, oito milicianos do Hezbollah detidos pela Frente Fatah al-Sham, a filial síria da Al-Qaida, deverão regressar a casa.

Apesar de não se terem envolvido nos combates da semana passada, membros do grupo rebelde Brigadas do Povo do Levante também deverão ser retirados em direção à cidade de Ruhaiba, a cerca de 50 quilómetros da capital síria e controlada pelas forças de Damasco, onde deverão beneficiar de uma amnistia do regime, segundo a Al-Manar TV, a televisão do Hezbollah.

O centro mediático militar, controlado pelo Governo sírio, difundiu vídeos e fotos de autocarros e ambulâncias perto da povoação fronteiriça libanesa de Arsal e da localidade síria de Fleeta, com preparativos para esta operação.

Na cidade de Raqa, norte da Síria, pelo menos duas pessoas foram mortas na explosão de uma mina colocada por membros do grupo 'jihadista' Estado Islâmico (EI), referiram ativistas da oposição. A explosão em Nazlet Shehadeh atingiu várias pessoas que tentavam escapar da violência na cidade, referiu o Observatório sírio dos direitos humanos (OSDH, com sede em Londres) e o grupo de ativistas Raqa Está a ser Massacrada em Silêncio (Raqqa is Being Slaughtered Silently).

As Forças Democráticas Sírias, dirigidas pelos curdos sírios e apoiadas pelos norte-americanos, iniciaram a ofensiva contra a "capital" do EI em 06 de junho e já capturaram cerca de metade da cidade. No decurso de quase dois meses de combates, centenas de pessoas já foram mortas ou feridas.

 

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