"As FAV permanecem incólumes, unidas, aferradas às suas convicções democráticas, com a moral em alto, apoiando de maneira incondicional o cidadão Nicolás Maduro Moros, Presidente da República Bolivariana da Venezuela e nosso comandante chefe" lê-se num comunicado divulgado em Caracas.
O documento, assinado pelo ministro da Defesa, Vladimir Padrino López, refere que as FAV apoiam também a iniciativa presidencial "de uma Assembleia Constituinte (AC), a revolução bolivariana, como um projeto que busca a consolidação da pátria, livre, soberana e independente".
No documento, a que a Agência Lusa teve acesso, as FAV começam por informar o povo e o mundo de que hoje "se produziu um ataque terrorista de tipo paramilitar contra a 41ª brigada blindada do Exército Bolivariano, situada em Valência, Estado de Carabobo", no centro-norte do país.
"A referida ação foi executada por um grupo de criminosos civis portando vestimenta militar e por um primeiro tenente em situação de deserção. Foram repelidos em forma imediata, praticando-se várias detenções, incluindo o referido oficial subalterno", precisa.
No documento o ministro da Defesa explica que a "operação terrorista" incluiu a difusão de um vídeo gravado pelo oficial, que há três anos fora afastado do cargo por "traição à pátria e rebelião" e que "fugiu do país e recebeu proteção em Miami", Estados Unidos.
"Os indivíduos capturados confessaram ter sido contratados nos estados (venezuelanos) de Zúlia, Lara e Yaracuy, por ativistas da extrema direita venezuelana em conexão com governos estrangeiros", afirma.
O documento, que termina com a expressão "independência e pátria socialista, viveremos e venceremos" explica que as FAV não aceitarão uma violação da soberania da Venezuela, nem que sejam minadas as conquistas sociais alcançadas.