"Os terroristas e os criminosos devem ser combatidos e destruídos para que a maioria possa viver em paz e segurança", disse Buhari num discurso transmitido hoje pela televisão.
"Nós vamos reforçar e revigorar a luta e não vai ser apenas contra os elementos do Boko Haram [grupo extremista armado] que estão a levar a cabo uma nova série de novos atentados e raptos. Estão a provocar o confronto entre agricultores e pastores além de estarem a promover a violência étnica, provocada por malfeitores. Nós temos de atacá-los a todos", declarou o chefe de Estado.
Buhari, que esteve em Londres por motivos de saúde, regressou a Abuja no sábado, não tendo feito qualquer declaração no momento da chegada ao país.
No discurso que foi transmitido hoje, Muhammadu Buhari, 74 anos, não disse por que motivo abandonou a Nigéria para tratamentos em Londres, mas agradeceu a todos "pelas orações".
"Estou contente por voltar à pátria, por voltar para os meus irmãos e irmãs", disse.
O executivo do país mais populoso de África nunca fez referência sobre os motivos que levaram Buhari a ausentar-se durante longos períodos, nos últimos meses.
Devido às deslocações prolongadas, algumas forças políticas chegaram a pedir a substituição do chefe de Estado o que levou as chefias militares a pedir "lealdade" aos efetivos.
No início do ano, Buhari esteve no Reino Unido durante sete semanas, onde foi submetido a tratamento médico, tendo afirmado na altura que nunca se tinha sentido "tão doente".
Na mensagem dirigida hoje aos nigerianos, o presidente falou das divisões políticas e pediu para a Nigéria se manter unida acrescentado que durante o período em que esteve em Londres mantinha o contacto diário e acompanhava tudo o que se passava no país.
"Os nigerianos são fortes e gostam de discutir os assuntos, mas eu reparei que alguns comentários, especialmente os que foram difundidos através das redes sociais, ultrapassaram as 'linhas vermelhas' quando ousaram questionar a existência da Nigéria como nação. Isso é ir demasiado longe", acusou.
A Nigéria enfrenta a violência dos extremistas armados do Boko Haram além de sérias dificuldades económicas e uma crise humanitária que está a afetar milhões de pessoas, sobretudo no norte do país onde se verifica uma grave escassez de alimentos.
O vice-presidente Yemi Osinbajo assumiu o cargo de chefe de Estados durante os períodos de ausência de Buhari no estrangeiro.