A jornalista que liderou a investigação dos Panamá Papers sobre a corrupção em Malta morreu esta segunda-feira numa explosão de um carro bomba perto da sua casa.
Daphne Caruana Galizia morreu esta segunda feira, à tarde, quando um Peugeot 108 foi destruído por um explosivo.
Segundo o Guardian, a blogger fazia publicações que atraiam mais leitores que a circulação combinada dos jornais do país e foi descrita recentemente pelo Politico como a ‘mulher wikileaks’, que a colocou entre as 28 personalidades que estavam a agitar a Europa.
As suas mais recentes revelações apontavam o dedo ao primeiro ministro maltês, Joseph Muscat, e dois dos seus assessores, ligando empresas offshore aos três homens através da venda de passaportes e de pagamentos do governo do Azerbeijão.
As autoridades locais referem que Daphne tinha feito uma queixa recentemente, onde se queixava de estar a receber ameaças de morte.
Para já ainda nenhum grupo ou individuo veio reclamar responsabilidade pelo ataque. Mas têm sido frequentes as explosões de bombas em carros nos últimos anos em Malta.
Daphne tinha 53 anos e deixa o marido e três filhos.