Rio de Janeiro acorda com rasto de destruição a cinco dias da visita do Papa

Os bairros do Leblon e Ipanema, dois dos mais tradicionais e abastados do Rio de Janeiro, amanheceram hoje com um rasto de vandalismo deixado por manifestantes que fizeram fogueiras nas ruas e saquearam lojas, informou hoje a polícia.

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Lusa
18/07/2013 17:19 ‧ 18/07/2013 por Lusa

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Brasil

A manifestação, que começou pacífica na noite quarta-feira, tornou-se violenta e teve de ser contida pela Polícia Militar (PM), acontecendo a cinco dias da visita do papa Francisco ao país, que participará na Jornada Mundial da Juventude (JMJ).

O secretário de Segurança Pública do estado, José Mariano Beltrame, afirmou hoje, numa conferência de imprensa, que “os planos para a visita do papa estão prontos”.

“O papa tem um protocolo. A agenda está em discussão entre o Governo Federal e o Vaticano. Sabemos o que vai acontecer na agenda desta autoridade. A questão da manifestação é diferente, a PM está a adaptar-se, porque não há uma agenda coordenada”, disse Beltrame.

O rastro de destruição foi deixado depois de um grupo com várias centenas de pessoas, que protestavam nas proximidades da casa do governador Sérgio Cabral, entrar em confronto com cerca de 80 polícias, que dispersaram os manifestantes.

A situação levou as autoridades governamentais e policiais do Rio de Janeiro a convocar uma reunião de emergência de madrugada e continuar, pela manhã, para a análise da situação.

Segundo o balanço policial, pelo menos cinco bancos, paragens de autocarros, quiosques de jornais, cartazes publicitários e lojas foram destruídos.

O Corpo de bombeiros teve de intervir para apagar incêndios provocados por manifestantes e a polícia utilizou gás lacrimogéneo para dispersar o grupo.

A PM referiu que sete polícias foram feridos por pedras e um agente foi atacado com uma bomba artesanal, mas não informaram sobre o seu estado de saúde.

No total, 16 pessoas foram detidas e levadas para a esquadra da polícia 14, do Leblon.

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