Venezuela pondera cortar vias marítimas e aéreas com três ilhas
O Presidente da Venezuela anunciou na terça-feira que pondera cortar as ligações marítimas e aéreas com as vizinhas ilhas de Aruba, Bonaire e Curaçau, para conter o alegado contrabando a que atribui a escassez de bens essenciais.
© Reuters
Mundo Contrabando
"Tenho pensado em cortar todas as vias de comunicação, de comercialização de todo o tipo, aéreas e marítimas com Aruba, Curaçau e Bonaire a qualquer momento. Tenho pensado seriamente porque as máfias levam tudo: óleo, pneus, shampoo, comida - tudo", afirmou Nicolás Maduro.
O chefe de Estado venezuelano falava no palácio presidencial de Miraflores, em Caracas, durante uma reunião especial do Conselho Federal de Governo na qual participaram os governadores e presidentes de câmaras municipais, um ato transmitido em direto e de forma obrigatória pelas rádios e televisões do país.
Nicolás Maduro acusou as máfias de levarem tudo para essas três ilhas vizinhas, mas também para as cidades colombianas de Cúcuta e Maicao, as quais fazem fronteira com os estados venezuelanos de Táchira e Zúlia, respetivamente.
A Venezuela encerrou, por várias ocasiões, desde 2014, as fronteiras com a Colômbia e o Brasil, justificando a medida com o contrabando de combustível e de bens de primeira necessidade e, em dezembro de 2016, voltou a fazê-lo para evitar o contrabando de notas, as quais estariam a ser desviadas por máfias que procuravam desestabilizar a economia venezuelana, segundo o Governo.
Na Venezuela são frequentes as queixas da população relativamente às dificuldades em conseguir produtos do cabaz básico alimentar e medicamentos, que escasseiam no mercado local.
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