É oficial: Equador concede cidadania a Julian Assange

O Equador concedeu cidadania a Julian Assange, o ativista que vive há mais de cinco anos na embaixada desse país em Londres.

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Melissa Lopes
11/01/2018 16:37 ‧ 11/01/2018 por Melissa Lopes

Mundo

WikiLeaks

A decisão do Equador de atribuir cidadania ao fundador da WikiLeaks foi dada a conhecer esta quinta-feira pelo ministra dos Negócios Estrangeiros, refere a Reuters. A decisão, que confirma o que os meios de comunicação do Equador escreveram esta terça-feira, é conhecida no dia em que Londres decidiu não conceder estatuto diplomático a Assange. 

Julian Assange refugiou-se na embaixada do Equador em Londres em junho de 2012 para escapar ao mandado de detenção europeu emitido pela Suécia, na sequência de acusações de violação, as quais sempre negou, alegando que as relações sexuais com a queixosa foram consentidas.

O mandado foi retirado em maio do ano passado, depois de a procuradoria sueca ter anunciado o abandono do processo por violação contra o fundador do WikiLeaks, encerrando uma saga judicial que durava desde 2010.

Apesar da decisão da procuradoria sueca, Assange continua na representação diplomática por receio de ser detido pelas autoridades britânicas e deportado para os Estados Unidos, onde pode ser julgado pela publicação de documentos militares e diplomáticos confidenciais.

O site WikiLeaks, lançado em 2006, tornou-se conhecido por divulgar vídeos do exército norte-americano em Bagdad, no Iraque, e depois por tornar públicos relatórios confidenciais das Forças Armadas norte-americanas sobre a guerra no Afeganistão e no Iraque.

No entanto, é com a divulgação, em finais de novembro de 2010, de milhares de telegramas diplomáticos norte-americanos que Julian Assange e o seu sítio na Internet se tornam definitivamente num alvo para a administração norte-americana.

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