Estão oficialmente inaugurados os Jogos Olímpicos de Inverno de 2018, que decorrem em Pyeongchang, na Coreia do Sul.
Depois do tradicional desfile, em que os países participantes exibem a sua bandeira, os seus atletas e as suas comitivas, o presidente sul-coreano, Moon Jae-in, subiu ao palanque e declarou o início da competição.
Sem desvalorizar o desporto, os olhos do mundo estão colocados em dois países em particular: Coreia do Norte e Coreia do Sul, países com relações cortadas desde o final da guerra que opôs os dois países, em 1953.
Depois de um ano de 2017 marcado pela escalada de tensão na península coreana, as duas Coreias aproximaram-se no início de 2018 e a presença de Pyongyang nos Jogos Olímpicos de Inverno podem ser vistos como um sinal importante para, quem sabe, ser alcançada a paz.
Um sinal importante para esta aproximação e para a seriedade com que o regime norte-coreano parece estar a encarar a diplomacia foi a chegada de Kim Yo-jong, irmã de Kim Jong-un e pessoa muito próxima do líder, à Coreia do Sul. Yo-jong, a primeira da dinastia que governa a Coreia do Norte a visitar o Sul, vai acompanhar Kim Young-nam, número dois da liderança da Coreia Norte. Mike Vence, vice-presidente dos Estados Unidos, acompanha a aproximação de perto, e não parece disposto a abandonar a intransigência com Pyongyang.
Durante a cerimónia de abertura, Kim Yo-jong esteve lado a lado com Moon Jae-in. No sábado, os dois devem encontrar-se para deixar o desporto de lado e falar de política, ainda sem hora e local definido, no mesmo dia em que a equipa feminia de hóquei no gelo conjunta das Coreias joga com a Suíça.
Nos Jogos Olímpicos de Inverno estão presentes 2.900 atletas de 92 países, incluindo os portugueses Arthur Hanse e Kequyen Lam.