De acordo com o convite, transmitido pela irmã do líder norte-coreano, Kim Yo-Jong, que se encontra de visita na Coreia do Sul para assistir aos Jogos Olímpicos de inverno, o dirigente está pronto para se reunir com Moon "tão brevemente quanto possível", segundo um porta-voz da Casa Azul, a presidência sul-coreana.
O Presidente sul-coreano ainda não respondeu ao convite do líder da Coreia do Norte.
A acontecer, o encontro será o terceiro do género, refere a AFP, depois de Kim Jong Il, pai do atual líder norte-coreano, Kim Jong-Un, se ter reunido com os sul-coreanos Kim DAe-jung e Roh Moo-Hyun, em 2000 e 2007.
No entanto, a reunião entre norte e sul pode provocar tensão entre Seul e a administração norte-americana, que defende que a Coreia do Norte deve provar antes do início de qualquer negociação que está disposta a desnuclearizar-se, enquanto Kim Jong-Un proclama que o seu país é já "um Estado nuclear por inteiro".
A cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos de Inverno de PyeongChang, na Coreia do Sul, ficou marcada por uma aproximação histórica entre altos representantes das duas Coreias, mas também pela atitude mais fria do vice-presidente dos Estados Unidos.
Os Jogos foram declarados oficialmente abertos hoje, numa cerimónia de abertura em que o Presidente da Coreia do Sul apertou a mão à irmã mais nova do líder da Coreia do Norte, Kim Yo-jong. Na pista, os atletas das duas Coreias marcharam sob uma bandeira comum.
O vice-Presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, também esteve presente - lidera a comitiva norte-americana aos Jogos - mas destoou do espírito de aproximação. Pence ficou sentado a poucos metros da irmã do ditador Kim Jong Un, mas não interagiu com a representante norte-coreana, informou hoje a Casa Branca.
Pence estava sentado entre o Presidente sul-coreano e o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe. A irmã de Kim Jong Un estava logo na fila atrás do camarote de honra.
Kim Yo Jong é a primeira pessoa da família que domina a Coreia do Norte desde há décadas a visitar o Sul desde a guerra da Coreia, de 1950 a 1953.
Foi a primeira vez em 12 anos que as duas Coreias marcharam juntas num desfile olímpico. Os dois países têm estado em rota de colisão devido ao programa de mísseis balísticos intercontinentais norte-coreano, bem como ao seu programa de armamento nuclear.
A tensão diplomática também se estendeu aos Estados Unidos - que tem proposto e aplicado novas e mais duras sanções económicas contra Pyongyang - e, em menor medida, ao Japão, potencial alvo das armas norte-coreana.