Inspirado em França, começou por ganhar 'corpo' e expressão nas redes sociais. Falamos do Movimento Coletes Amarelos Portugal que agendou para esta sexta-feira, dia 21 de dezembro, uma manifestação que se prevê que tenha repercussão em vários pontos do país.
O referido Movimento partilhou na página de Facebook criada para o efeito a última atualização do mapa onde são assinalados os principais pontos de concentração das manifestações programadas.
Na mesma rede social, o grupo define-se como "pacífico apartidário, sem fins lucrativos", e revela ainda o que está na base da manifestação, nomeadamente "a insatisfação com os variados problemas da atualidade do país".
Entre estes pontos de reinvindação estão a pretendida redução das taxas e impostos, o aumento "imediato" do salário mínimo nacional, a revisão dos valores do subsídio de desemprego, rendimento mínimo e rendimento de inserção, a diminuição das disparidades nas pensões de reforma, a adoção imediata de medidas efetivas de combate à corrupção no Governo, na administração pública, nos serviços públicos, no setor empresarial e setor bancário.
Focos de concentrações dos coletes amarelos © Facebook/ Movimento Coletes Amarelos Portugal
Os coletes amarelos portugueses apelam simultaneamente à reforma no Serviço Nacional de Saúde, através do fim da "prática antagónica existente entre as necessidades do doente e os lucros da indústria farmacêutica, entre o valor de uso e o valor de troca dos medicamentos, face ao poder de compra dos portugueses", e ainda à revitalização dos setores primário e secundário, "destruídos pela incompetência de sucessivos governos".
Face às circunstâncias, a Polícia de Segurança Pública adotará um dispositivo de segurança adequado a cada uma das ações que venham a decorrer na sua área de responsabilidade territorial. Em comunicado enviado às redações, a força de segurança já apelou a que todos os cidadãos que decidam exercer o seu direito de manifestação, o façam de forma pacífica e em respeito pela lei.
A respeito da matéria, o ministro dos Negócios Estrangeiros avisou que a manifestação dos coletes amarelos portugueses deve respeitar a circulação de bens e a segurança das pessoas e prometeu combater as influências de extrema-direita na sociedade, uma vez que este protesto tem vindo a ser relacionado com uma iniciativa dessa fação política.