Fenprof critica PS, fala em "farsa negocial" e lembra ameaça de greve
"Os professores são um grupo profissional extremamente importante neste país, sobretudo quando se trata de eleições", afirmou Mário Nogueira.
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País Mário Nogueira
Mário Nogueira, líder da Fenprof, o mais destacado sindicato de professores, reagiu ao final desta tarde de domingo, a partir de Coimbra, ao contexto de "crise política" que tem marcado a atualidade.
Mário Nogueira realçou que falta "conhecer o texto final a aprovar em sessão plenária". Ainda assim, não se poupou em críticas ao Governo, a quem acusa de ter levado a cabo uma "farsa negocial" no último ano e meio.
Para o líder da Fenprof, esta sequência de reações políticas em torno da contagem do tempo de serviço congelado dos professores “vem provar que de facto os professores são um grupo profissional extremamente importante neste país, sobretudo quando se trata de eleições”.
“Penso que temos uma crise criada artificialmente por um partido que quer aproveitar uma coisa que não é verdadeira nos termos em que tem dito relativamente ao tempo de contagem, curiosamente o PS, que foi dos primeiros a comprometer-se com a recuperação integral do tempo e serviço”.
“A partir daí”, continuou, “foi tudo o que se conheceu: uma farsa negocial que durou mais de ano e meio, uma intransigência do Governo relativamente ao apagar de seis anos e meio de trabalho dos professores e depois o compromisso de todos os outros partidos na Assembleia, de que iriam recuperar esse tempo”.
“Aquilo que aconteceu na quinta-feira não foi uma votação para uma decisão final de alterações ao decreto-lei”, afirmou ainda, acrescentando de seguida que o que a Fenprof afirmou foi que “precisava de conhecer o texto final a aprovar em sessão plenária, para podermos ter uma posição sobre isso e até inclusivamente sobre se os professores vão a partir de 6 de junho entrar em greve às avaliações”.
Mário Nogueira apontou depois críticas aos números que têm vindo a público sobre esta matéria: “Relativamente a custos, o que o Governo tem vindo a dizer é uma mentira. Já ouvimos de tudo”.
Recorde-se que António Costa colocou a hipótese de demissão do Governo em cima da mesa após uma votação em que ficou isolado à Esquerda e à Direita. À Esquerda fala-se em "dramatização" do PS. À Direita, verificou-se um recuou, com CDS e PSD a clarificarem que têm as suas próprias condições para que o tempo de serviço congelado seja contabilizado na totalidade. O PSD em particular devolveu a 'bola' ao PS, de quem se espera agora nova reação, nomeadamente sobre o cenário de possíveis eleições antecipadas.
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