Furacão Lorenzo "poderá ser o mais forte dos últimos 20 anos"

Rajada máxima de 145 km/h na ilha do Faial. Registam-se situações com desalojados em duas ilhas dos Açores.

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Catarina Correia Rocha
02/10/2019 08:05 ‧ 02/10/2019 por Catarina Correia Rocha

País

Lorenzo

Carlos Neves, presidente da Proteção Civil dos Açores, fez, cerca das 7h30, um ponto de situação acerca da passagem do furacão Lorenzo pelo arquipélago dos Açores. Registaram-se quedas de árvores, obstrução de estradas, danos em moradias e postes caídos, num total de cerca de 50 ocorrências: 3 na ilha Terceira, 7 em São Jorge, 7 no Pico, 20 no Faial, 14 nas Flores e duas no Corvo. Não há feridos a registar, apenas danos materiais. 

De acordo com o responsável, registaram-se ainda situações de desalojados em duas ilhas do arquipélago, "duas em São Jorge e três nas Flores", que foram, entretanto, "resolvidas", com as pessoas a já se encontrarem realojadas

"Registam-se ainda alguns cortes de energia na zona de Santa Cruz das Flores e também as redes de comunicações estão com alguns problemas", acrescentou ainda Carlos Neves. 

As informações oficiais dão conta de que a rajada máxima atingiu os 145 km/h na ilha do Faial, sendo que nas Flores e no Corvo se registaram ventos "muito perto desse valor". 

A maior preocupação é agora a agitação marítima: "A tempestade ainda não se está concretamente a afastar, ainda está muito próxima do grupo Ocidental. É lógico que está a caminhar para Norte, agora uma das preocupações é a agitação marítima. No grupo Central estão um pouco mais atrasado os efeitos", revelou ainda, no ponto de situação, o presidente da Proteção Civil dos Açores. 

"Penso que, de facto, este furacão poderá ser o mais forte dos últimos 20 a 22 anos" a atingir os Açores, disse Carlos Neves. 

Na ilha das Flores haverá já "alguma acalmia" uma vez que não se nota que o vento esteja a aumentar: "Possivelmente poder-se-á manter nas próximas horas ainda com esta intensidade e depois irá descer pouco a pouco".

Há ainda uma situação que a Proteção Civil está a confirmar, de uma "situação corrida no porto das Lajes das Flores com o desaparecimento de parte de um molhe e de um edifício de apoio e de alguns contentores", referiu o responsável, sem poder ainda explicitar de forma concreta o que se passou, mas garantindo que não há feridos ou desaparecidos.

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) dos Açores declarou hoje que o período crítico do furacão Lorenzo decorrerá até às 09h00 da região - mais uma hora em Portugal Continental -, afetando maioritariamente a ilha das Flores e do Corvo.

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