No Dia Internacional para a Eliminação da Violência Contra as Mulheres, que se assinala anualmente a 25 de novembro, Portugal e a CPLP quiseram passar "uma mensagem o mais consensual possível de rejeição, de intolerância contra a violência que é praticada sobre as mulheres em todos estes países e que constitui um problema grave em todos eles", disse à Lusa a secretária de Estado dos Assuntos Parlamentares e da Igualdade.
A intenção foi criar "um movimento de rejeição da violência sobre as mulheres em todas as suas formas", no espaço lusófono, resumiu Teresa Morais.
A iniciativa, que se insere nas II Jornadas Nacionais Contra a Violência Doméstica, que se prolongam até 14 de dezembro, foi proposta, concebida e assegurada financeiramente por Portugal, e, em julho, foi assumida pela CPLP, podendo agora ser utilizada pelos restantes países lusófonos.
A 18 de julho,o Conselho de Ministros da CPLP adotou uma resolução, em Maputo, em que reafirma os compromissos internacionalmente assumidos para a promoção e o respeito pelos direitos humanos das mulheres e a necessidade de intensificar esforços para eliminar todas as formas de violência de género.
"Contra a violência eu dou a cara" é a principal mensagem da campanha, que pretende "pôr várias pessoas a falarem sobre o assunto e dizerem que querem rejeitar esta violência", referiu Teresa Morais.
A iniciativa é apresentada hoje, às 18:00, na sede da CPLP, em Lisboa, numa cerimónia em que participam o ministro da Presidência e dos Assuntos Parlamentares, Luís Marques Guedes, e o secretário executivo da comunidade lusófona, Murade Murargy.