Ministra da Saúde aponta melhoria da resposta do SNS como prioridade

A ministra da Saúde afirmou hoje que uma das prioridades nesta legislatura é "melhorar a resposta aos cidadãos" por parte do Serviço Nacional de Saúde, não só em volume, mas também em termos de qualidade e humanização dos serviços.

Notícia

© Lusa

Lusa
22/11/2019 19:06 ‧ 22/11/2019 por Lusa

País

Marta Temido

Marta Temido falava sobre o tema 'Serviço Nacional de Saúde [SNS]: Uma visão de futuro', na Conferência 'SNS no Feminino', organizada pela Associação Portuguesa pelo Desenvolvimento Hospitalar e que decorreu no auditório da Polícia Judiciária, em Lisboa.

"A essência do SNS é o ato de cuidar e não só as consultas, as cirurgias ou as urgências" disse a ministra, observando que há sinais que indicam que é preciso "enfrentar alguns desafios" e encontrar respostas para as modificações profundas que ocorreram na população portuguesa nos últimos 40 anos, ou seja, desde que foi criado o SNS.

O envelhecimento da população e a baixa taxa de natalidade - notou - contribuíram para que 21% dos portugueses tenham hoje mais de 65 anos e apenas 14% menos de 15 anos.

Quanto às causas da mortalidade, Marta Temido realçou que os tumores malignos são hoje uma das principais causas de morte, permanecendo o álcool, o tabaco e o sedentarismo como fatores de risco na sociedade portuguesa.

A ministra definiu como preocupações as doenças musculo-esqueléticas e do foro mental, insistindo que a saúde mental tem que ser uma prioridade.

O aumento da procura de consultas hospitalares e de cirurgias no último ano no SNS e a pressão exercida nos serviços e estruturas da saúde foram outros dos ângulos abordados por Marta Temido, que revelou que um terço dos trabalhadores sente que "corre algum tipo de risco", havendo estudos que indicam o surgimento de casos de desgaste emocional ou "burnout".

Melhorar as condições de trabalho e "recuperar o orgulho" de quem presta serviço no SNS foram outras linhas de força da intervenção da ministra, que prometeu um "reforço do investimento no SNS", dizendo que para isso é necessário "planear e investir com rigor".

Falando do futuro do SNS, Marta Temido admitiu que é também preciso ultrapassar "conflitos de interesses" e "algumas lógicas estritamente pessoais" e lembrou o SNS, criado após o 25 de Abril, como "elemento de combate às desigualdades" e não um mero prestador de cuidados de saúde.

Na mesa da ministra estiveram, entre outros, Ana Escoval, administradora do Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte, e Aranda da Silva, antigo presidente do Infarmed/Instituto Nacional da Farmácia e do Medicamento.

Partilhe a notícia

Produto do ano 2024

Descarregue a nossa App gratuita

Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas