A circulação dos comboios de longo curso (serviços Intercidades e Alfa Pendular) da Linha do Norte, que liga Lisboa ao Porto, tem estado suspensa devido à subida do nível das águas da Bacia do Mondego que submergiu o troço entre Alfarelos e Ameal Sul, no distrito de Coimbra.
Ao início da tarde, pelas 12:35, fonte da CP-Comboios de Portugal disse à agência Lusa que as condições de circulação neste troço tinham sido restabelecidas, mas condicionada à utilização de uma única via e a um limite de velocidade de 30 quilómetros por hora.
No entanto, fonte da IP adiantou esta noite à Lusa que, pelas 21:00, foram restabelecidas as condições para a circulação de comboios no troço entre Alfarelos e Ameal Sul se efetuar nos dois sentidos, embora se mantenha a limitação de velocidade.
A mesma fonte referiu, ainda, que se mantém a suspensão da circulação ferroviária no ramal que faz a ligação ferroviária entre Alfarelos (Soure) e a Figueira da Foz e na linha do Douro entre Ermidas e Aregos.
A circulação na linha do Douro está interrompida desde as 18:40 de domingo devido ao choque de um comboio regional com uma pedra que se encontrava na via.
Segundo explicou fonte da IP, o choque levou a que um dos conjuntos de rodas (bogie) de uma das composições do comboio se desencaixasse, provocando a sua imobilização.
Entretanto, pelas 23:40, a mesma fonte adiantou que os passageiros que circulavam naquele comboio já foram recolhidos e que se procedia a "obras de reposição do rodado na linha, para que se efetue o seu reboque".
A IP ainda não conseguiu estimar o tempo de permanecerá interrompida a circulação nesta linha.
Os fortes efeitos do mau tempo, que se fazem sentir desde quarta-feira, já provocaram dois mortos, um desaparecido, deixaram 144 pessoas desalojadas e 352 pessoas deslocadas por precaução, registando-se mais de 11.600 ocorrências no continente português, na maioria inundações e quedas de árvore.
O mau tempo provocado pela depressão Elsa, entre quarta e sexta-feira, a que se juntou no sábado o impacto da depressão Fabien, provocou também condicionamentos na circulação rodoviária, bem como danos na rede elétrica, afetando a distribuição de energia a milhares de pessoas, em especial na região Centro.
A Autoridade Nacional de Proteção Civil, no balanço feito hoje às 20:00, disse que os caudais dos rios estão a "regressar à normalidade", mantendo-se apenas a situação da zona do baixo Mondego, no distrito de Coimbra, como a mais preocupante.